Capítulo 008/01 – PODER - SEU NOME TAMBÉM É VAIDADE!
Edward - PVD
- EMMETT! – gritei chamando seu nome
assim que cheguei á fraternidade, ainda sorrindo do meu encontro com Bella. –
Gata Selvagem! – murmurei rindo jogando-me no sofá, ela me chamava de arrogante,
e com razão, porque eu sabia que era, mas Ela era selvagem, e porra se eu não
estava louco para domá-la. Só o pensamento me deixava duro. Estava louco para
sentir até onde as unhas afiadas poderiam arranhar. Estava louco por Ela. –
PORRA EMETT! – gritei novamente, o chamando, fazendo com que outros alunos,
saíssem de seus quartos para verificar a gritaria. – O que? – perguntei cínico
jogando os pés em cima da mesinha, quando Mike Newton e Eric York desciam ás
escadas correndo.
- Que gritaria é essa Edward? Não são
nem dez horas da manhã ainda porra! – reclamou Newton, me encarando.
Primeiro Erro.
- Respeito quando fala comigo Newton! –
rosnei tirando os pés da mesa, sentando-me ereto – Em primeiro lugar; Não sou
seu amigo. Somente pessoas ligadas á mim me chamam pelo primeiro nome, e você
não está incluso nesta lista. Segundo lugar; Nunca me encare! A não ser que eu
mande, muito menos levante a voz para mim a não ser que esteja procurando por
problemas. Terceiro lugar; Nova regra: Ninguém dorme aqui depois que eu
acordei, eu mando nessa fraternidade, eu comando essa merda, e quero todos á
minha disposição assim que eu abrir meus olhos – falava pontuando com os dedos.
A sala já repleta de estudantes, olhando a cena. Emmett observava á troca de
braços cruzados, no alto da escada. Ao seu lado James Sanders.
- Você se acha Cullen! Chegou aqui não
faz dias, e só porque sua família tem dinheiro, assim como a nossa pensa que é
o gostosão, dono do mundo? – zombou rindo, ganhando incentivo de alguns
pequenos idiotas – James está aqui muito mais tempo do que você! Ele
é uma lenda! Nós estamos com ele. – concluiu cruzando os braços á frente do
peito protetoramente.
Segundo Erro.
Fechei os olhos, respirando fundo.
Jogando a cabeça para trás, passando várias vezes a mão pelo cabelo e apertando
a ponta do meu nariz.
- Foda-se! – escutei o gemido de Emmett
da ponta da escada. Somente pessoas muito íntimas a mim, assim como ele, sabiam
o que esse meu pequeno ritual significava.
Uma tentativa frustrada de controlar a
fúria cega dentro de mim.
- James! – rosnei o chamando, abrindo
meus olhos encarando Mike Newton, que dava um passo para trás a medida que Eu
me levantava do sofá – Quer explicar quem é o novo líder dessa merda, ou faço
isso por você? – pedi sem desviar meu olhar de Mike, que recuava cada vez mais,
seguido por seus infelizes seguidores, que haviam rido anteriormente.
Eu nunca sequer havia conversado com
James sobre a presidência da fraternidade. Tanto quanto eu estava preocupado,
ele deveria saber que isso nunca aconteceria, e se fosse esperto, e acredito
que era, não ficaria em meu caminho.
- Sem problemas Cullen! Acredito que
todos aqui, já estão mais que avisados, de sua posse. Mike Newton e seus meninos,
já devem ter entendido o recado... Certo Newton? – riu James, descendo ás
escadas ao lado de Emmett.
- Mas... mas..James..- balbuciava Mike,
olhando-o com desespero.
- Mas nada Newton! Edward é o novo
presidente dessa fraternidade. O mesmo respeito e fidelidade que depositavam á
mim, devem á Ele. E se forem inteligentes não ficarão em seu caminho. –
concluiu James, chamando minha atenção para si pela primeira vez.
Cumprimentando-o e agradecendo com apenas um gesto com a cabeça.
Palavras não eram necessárias. Uma
pessoa inteligente sabia quem detinha o poder. E James Sanders não era burro.
- Espero que todos aqui estejam cientes
disso agora! As coisas irão mudar! – Eu falava encarando todos ao
redor da sala, que a essa altura, estava lotada. – Não haverá tolerância para
transgressões e desobediência. Não tolero ignorância, e qualquer tipo de mal
trato a qualquer estudante dessa universidade. Somos superiores, mas sabemos
que dependemos das outras fraternidades para acobertar e abafar o que acontece
aqui, não chamando atenção para nós mesmos. Viemos de famílias de renome, de
muitos segmentos do mercado interno e externo, devemos honrar o nome dessas
famílias. Não queremos ver nossos pais, sendo julgados pela mídia ou chamar a
atenção da reitoria por algum comportamento negligente. Tudo o que acontece dentro
da Alpha Epsilon Pi permanece
aqui. Nosso espaço será nosso tribunal e todos os erros aqui serão
julgados. NADA E NINGUÉM – frisei aumentando á voz – Entra ou sai desse lugar
sem meu conhecimento. Eu sou os olhos, ouvidos e voz desse lugar. Não me subestimem,
posso garantir á vocês, que não sou a pessoa mais tolerante que existe. Nem
generosa. Tenho poder, e não tenho vergonha e nem medo de usá-lo da maneira que
me convir. Façam o que ordeno, e nossa convivência será pacífica. Durante
quatro anos, eu serei a lei. Não sou amigo de ninguém. Sou Cullen, simples como
isso! Não cruzem meu caminho. Nunca, Jamais toquem no que me pertence – rosnei
quando a face de Isabella surgia em minha mente – E nossa convivência será
pacífica – terminei, encarando todos diretamente nos olhos. Gestos de
concordância e “sim” sussurrados, indicavam-me que o recado havia sido
compreendido.
– Estão dispensados –
gesticulei com a mão, pois tinha alguns assuntos á tratar com Emmett.
- Newton! – chamei
quando o mesmo se afastava contrariado, de cabeça baixa – Você e seus amigos podem
ir lavar todos os banheiros e quando terminarem, forneçam de bom grado seus
serviços ao vestiário dos jogadores de Rugbi, lavando seus uniformes. AAlpha
Epsilon Pi precisa dar boas vindas aos atletas. – terminei ordenando que
executassem os dois piores castigos. Que somente era acometido como trote aos
novatos. Seu olhar de ódio em minha direção advertia-me que Mike Newton, era o
primeiro da lista “Odeio Cullen” que estava prestes á surgir.
Sorri com o pensamento,
vendo-o sair batendo a porta, acompanhado por seus meninos.
- Seja Bem Vindo
Cullen! – cumprimentou-me James, andando em minha direção – Parece que sua auto
apresentação foi bem recebida – ironizou rindo.
- Edward tem esse
efeito sobre ás pessoas – acompanhou Emmett que se jogava no sofá,
atrás de mim, jogando um envelope amarelo em cima de mesa.
O envelope no qual Eu
estava muito interessado.
- Existe alguma coisa
que você queira acrescentar Sanders? – pedi sério.
- Não! De forma alguma
– encarou-me – Só quero que saiba que se precisar de mim para esse mandato,
estou á disposição. Conheço nomes, lugares, e todo tipo de informação que possa
precisar. Se necessitar qualquer tipo de serviço, á qualquer hora,
posso providenciar para você... Desde uma buceta até uma viagem...
Não importa á hora, basta estralar os dedos. – terminou sorrindo sacana.
- Esse é o cara! –
gargalhou Emmett, com certeza com os pensamentos em solicitações não muito
futuras!
- Não será necessário
Sanders – cortei ambos que riam – Essas viagens, não são meu
negócio. E á partir de hoje, elas deverão ser feitas fora dessa ambiente. E
quando eu quiser uma buceta eu mesmo posso me virar, posso garantir pra você,
que não preciso de ajuda para conseguir uma.
- OWWW!! – levantou os
braços na defensiva – Não foi isso que quis dizer Cullen, relaxa cara! Sei
perfeitamente que tem tudo nas mãos quando e como precisar. Só estava querendo
dar uma mão. Pode ficar tranquilo, que estou com outro local, para fornecer meus
“pacotes de turismo” e tenho certeza que a lista de bucetas deve
estar grande pro seu lado. Se quiser... bem... Victória ficaria honrada de
entrar nessa lista. – riu sacana piscando para Emmett.
- Porra! James! Sua
vadia sabe chupar um pau como ninguém – comentou Emmett rindo, e gemendo.
- Quando a conheci era
virgem! Tudo que sabe aprendeu com o papaizinho aqui – gargalhou – Moldei do
jeitinho que gosto!- riu. – Se quiserem posso programar uma festinha com ela e
suas amigas para hoje á noite. – perguntou, olhando de mim para Emmett, que já
concordava com a cabeça.
- Quero distância de
sua vadia James. E qualquer outra, amiga ou não dela. Faça o que tiver que
fazer, mas longe de mim e de minha garota – alertei.
- Garota? Que garota?
Você tem uma namorada? – pediu surpreso sem entender.
- Ele está fascinado
por uma pobretona metida á besta! Isabella Swann – respondeu Emmett, tirando-me
do sério!
- EMMETT! – alertei – O
que eu disse sobre se envolver com minha vida pessoal? Será que preciso ser mais
claro?
- Isabella Swann? A
ganhadora do SAT? – pediu James surpreso, ignorando o mal estar entre Eu e
Emmett – Caralho! Ela é linda! Muito gostosa – gargalhou – Vários caras
tentaram entrar em contato com ela depois do exame, muitos ainda sonham com o início
das aulas para se aproximarem dela. – comentou ainda rindo.
O que fez meu sangue
ferver!
- E você James? Você
também se inclui nesta lista? – perguntei me aproximando do seu corpo –
sentindo Emmett ficar de pé atrás de mim.
- Porra! Cullen! A mulher
é gostosa pra caralho! Uma das mais lindas da Universidade. Os comentários que
circulam é que é arredia como uma gatinha selvagem ...
Ele mal terminou seu
comentário, quando meu corpo com rapidez prensava o seu contra a parede. Minhas
mãos na gola de sua camisa.
- Não termine seu
pensamento James – cuspia em seu rosto – Ele á MINHA gata selvagem. Minha
Mulher! Você quer ser meu braço esquerdo ao lado de Emmett nesse comando? – ele
acenou com a cabeça em concordância – Então essa é sua primeira missão; Deixe
claro pra todos, que Isabella é meu limite rígido. Não falem, não se dirijam á
Ela e fiquem fora de seu caminho, se não quiserem conhecer cedo demais o que
sou capaz de fazer, quando mexem com o que me pertence!
– rosnei o soltando.
James me encarava
sério, trocando breves olhares com Emmett que estava bem ao meu lado.
- Você não acha que vai
perder muitas oportunidades se amarrando dessa maneira Cullen? Uma mulher pode
ser a derrota de um homem! – salientou arrumando a gola de sua camisa.
- Isabella não nunca
será minha derrota Sanders. Ela é minha vitória! Minha Rainha!
E será respeitada como tal. – afirmei, olhando em seus olhos.
Ele me encarava
céptico.
- Estou imaginando á
fila de lágrimas, quando suas fãs souberem que o grande Cullen está com o
coração tomado! - provocou segundos depois, quando notou que eu falava
sério, quebrando á tensão.
- Eles terão você e
Emmett para consolá-las James, não estou preocupado. – respondi fazendo os dois
rirem e baterem os punhos em concordância.
Após algumas piadinhas
entre ele e Emmett sobre como “consolar” as viúvas, James saiu, para
encontrar-se com Victória e planejar alguma festa que aconteceria mais tarde.
- As informações que
pedi, estão prontas Emmett? – pedi, logo que Sanders fechava á porta.
- Sim. Jenks
entregou-me á algumas horas atrás – respondeu-me entregando o envelope – Mandou
lhe dizer que foi o trabalho mais fácil que você já solicitou. Assim como Eu,
ficou curioso, como uma pessoa tão simples, pode fazer como que você desperdiçasse
seu precioso tempo.
- Cuidado Emmett! –
alertei - Assim como Jenks, você não está aqui para dar sua opinião, a não ser
que eu a solicite – terminei o deixando sem palavras, subindo para meu quarto.
Algumas horas depois
- TYLER
CROWLER – repeti em voz alta o nome pelo que parecia ser a
milésima vez, com um gosto amargo em minha boca, jogando o dossiê que tinha
lido e relido pelas últimas no chão, ao lado de minha cama. Isabella
Swann era o sinônimo da perfeição. Bem criada, excelente aluna, formando-se com
honras em todos os graus de ensino. Como já imaginava, vinha de uma
família sem recursos. Seu pai era um mecânico, sua mãe uma cabelereira. Seus
pais haviam dedicado á vida, chegando a penhorar sua única casa, para custear
seus estudos. Já havia trabalhado como balconista aos fins de semana em um
pequeno supermercado, para ajudar nas despesas da casa. Local onde
conheceu Tyler Crowler, seu primeiro e único namorado no colegial, já que
seus pais eram dono do estabelecimento.
Meu mais novo inimigo.
Eu sabia que estava
sendo irracional. Que não sabia da existência de Isabella, e que eu mesmo já
havia tido minha cota razoavelmente grande de mulheres, que entraram e saiam de
minha vida e minha cama. Mas o pensamento de algum homem, mesmo que
remotamente, tê-la tocado, envia-me a um espiral de raiva, impossível de
controlar. Tanto que minha ligação para James, assim que li seu nome pela
primeira vez, exigindo saber sobre sua vida, havia causado surpresa á mim
mesmo.
Pensando novamente no
relatório, sorri, relembrando de como realmente era comprovado que minha gata
selvagem era uma guerreira. Digna do posto que estava querendo-a. Em minha
vida, como minha mulher, ao meu lado. Isabella era diferente de qualquer pessoa
que havia passado por minha vida. Qualquer pessoa que Eu conhecia. Depois
de minha mãe; Dona Esme, não havia sem sombra de dúvidas, que Isabella estava
destinada á ser uma Cullen.
Ela seria perfeita! –
Eu sorria com o pensamento, que nada me assustava.
Mas como nada no mundo
é perfeito! Minha pequena selvagem, também tinha segredos, ou sua família nesse
caso. Porque eu duvidava e apostava minhas preciosas bolas, que Ela não tinha o
conhecimento de que seu amoroso pai passava grandes dificuldades com a oficina
nos últimos anos, envolvendo-se com negócios inescrupulosos para continuar
bancando seus estudos e como provedor do lar; Agindo como cúmplice de ladrões
de carros, recebendo peças roubadas e vendendo-as em sua oficina.
- Espero não ter que
usar essa informação algum dia! – comentei comigo mesmo, virando-me de lado e
pegando novamente o dossiê em minha mão, pronto para reler novamente. Não que
fosse necessário, pois meu QI 134 (cinco menos que Isabella que foi avaliada em
seus testes em 139) e minha memória fotográfica, não deixava dúvidas de nada
ali. Mas sim, pelo simples fato sentir ela mais próxima, sabendo coisas tão
pessoais sobre sua vida.
Uma batida na porta,
tirava minha concentração, fazendo-me fechar os olhos e bufar contra a
interrupção.
- Edward! – chamou
Emmett, abrindo um pouco á porta e colocando sua cabeça para dentro – Você vai
á inauguração da Zetta?
- Não! – respondi
simplesmente, voltando á leitura, achando que com a dica, Emmett simplesmente
fosse embora.
Ledo engano!
- Porra! Edward! Faz horas
que você está lendo esse relatório. – entrou no quarto fechando á porta – Por
acaso descobriu alguma coisa interessante? Algum pecado cometido pela “Madre
Thereza” que vale tanto assim seu tempo? – perguntou com escárnio.
Suspirei profundamente,
segurando o ar, por alguns segundos. Estava ficando sinceramente zangado com
Emmett, e antes que explodisse, precisava saber qual era sua preocupação.
- Qual o seu maldito
problema Emmett? – perguntei encostando-me na cabeceira da cama, o dossiê em
meu colo – Você acha que todo mundo para ser “legal” tem que ser um idiota como
você? Um viciado como James? Uma Puta como Victória? Ou frio e arrogante como
Eu? – zombei – Você sinceramente acha, que se a pessoa não viver nesse mundinho
fútil em que vivemos de dinheiro, festas, farra... Ela não pode ser realmente
interessante? Pois deixe-me iluminar sua mente – continuei quando tentou me
interromper – Isabella Swann, poderia nos dar uma aula de humanidade, de
família, de amizade. Coisas que você remotamente deve se lembrar á partir do
momento em que decidiu viver sua vida de forma desenfreada para ganhar atenção
dos seus pais. Você se lembra Emmett? Lembra-se de como era ser amigo? De como
no clube de tênis, anos atrás, você ajudou o “Caddie” do seu pai, porque ele
havia entregado o taco errado para seu pai em uma jogada, o deixando furioso, á
ponto de agredi-lo fisicamente. Cadê aquele Emmett, que levou uma surra de taco
em seu lugar? – provoquei tocando em sua ferida. Pois Eu sabia assim como ele,
que sua mudança de personalidade, havia acontecido alguns meses depois do
incidente.
-
Não.Toque.Nesse.Assunto – pontuou ameaçadoramente.
- Porque Emmett? A
Verdade dói? Ou você acha sinceramente que não vi seu olhar de reconhecimento
em Rosalie Hale, quando a encontrou aqui na festa? – continuei, ignorando seu
alerta.
- Rosalie Hale é meu
limite rígido! – rosnou, socando a porta.
- Assim como Isabella
Swann é o meu! – disse levantando-me da cama – Não se coloque em meu caminho
Emmett, porque diferente de você que se afastou de Rose por medo do que sentia,
eu quero me afogar nesse novo sentimento que está crescendo furiosamente dentro
de mim. Não me faça fazer escolhas Emmett! Por muito menos, acabei com pessoas
que considerava mais que um amigo. É meu último aviso – alertei novamente.
Ele ficou parado,
encarando-me, sua expressão séria, respiração ofegante. – Eu..Eu não sabia que
Rose ainda estudava
aqui – confessou
baixando a guarda.
- Pois agora sabe! Ela
é melhor amiga de Isabella! Quem sabe não esteja aí, sua chance? – falei calmo,
apertando seu ombro. Apesar de tudo, Emmett era meu melhor amigo. Quase um
irmão, e presenciei seu inútil esforço em tentar esquecer Rosalie durante anos.
- Não posso! –
sussurrou – Não da maneira como me comporto agora – confessou.
- Então acho que está
na hora de você rever seus valores amigo! – confessei, alertando-o.
- Você...você pode me
ajudar? – pediu constrangido. Assim como Eu, ele era orgulhoso.
- Sou seu amigo, Eu vou
te ajudar. Só não confunda as coisas, e se envolva em minha vida pessoal, que
estaremos bem. Eu sempre estive ao seu lado, você sabe disso! – brinquei dando
um soco em seu ombro – Afinal quem te tira da cadeia, mais vezes do que você
sabe contar?
Ele gargalhou alto,
socando meu ombro. – Então...Vamos á festa?
- Emmett – gemi
esfregando o rosto com as mãos.
- Eu sei... Eu sei...
Mas não quero ir sozinho. Se estiver lá vai me impedir de fazer uma burrada.
Mas preciso ir. Aliás precisamos. James vai nos apresentar a sala de apostas, e
precisamos contratar um novo bookmaker , parece que o anterior
andava desviando o dinheiros das apostas para seu próprio consumo de drogas.
- Viciados filhos da
puta! – gemi bufando – Eu vou com você, mas á partir do momento que eu chamar
para irmos, não quero desculpas entendeu? – alertei de má vontade. Não querendo
realmente ter que ir a essa maldita festas de viciados em poker e drogados. Mas
sabendo que assumindo a presidência da fraternidade, com ela vinham algumas
responsabilidades, e os jogos de azar era uma delas.
O dinheiro arrecadado
era muito alto, e financiava toda uma rede de festas, aumentando a popularidade
da fraternidade, consequentemente aumentando nossas regalias com a reitoria e
inevitavelmente aumentando generosamente a contribuição de nossas famílias com
a Universidade.
Exatamente como a
máquina do poder funcionava.
Duas horas depois, eu
me encontrava na Fraternidade Zetta, em uma sala fechada, com James, Emmett e
Victória.
- Onde estão os
candidatos a bookmaker James? – perguntava terminando meu segundo copo de
whisky.
- Estão chegando
–respondeu Victória em seu lugar – Pedi para Lauren ir buscá-los – completou
sorrindo maliciosamente.
Segundos depois de ter
mencionado, uma batida na porta indicava a chegada de alguém, fazendo com que a
ruiva levantasse, rebolando com seu vestido colado ao corpo e extremamente
curto. Fazendo Emmett babar e James mexer a sobrancelhas em minha direção. – A
Vadia com certeza não se vestiu assim para mim hoje Edward! – insinuou, fazendo
Emmett rir alto, fazendo-me revirar os olhos.
- Passo James! Faça bom
proveito – retruquei – Olhando a porta sendo aberta e por ela entrar dois
rapazes e duas mulheres. Reconhecendo-os de imediato.
- Jacob Black, Embry
Garcia, Lauren Mallory e Tanya Denalli – apontei um á um, causando espanto nos
rapazes e sorrisos nas mulheres – Pensei que você houvesse me dito que eram os
melhores que tinha James! - desviei meu olhar o encarando, enquanto os
recém-chegados sentavam-se em um sofá em minha frente.
- Eles são os melhores!
Não posso apontar qualquer tipo de problemas com eles – tentava me convencer.
Sorri com escárnio,
colocando meu copo de bebida em cima da mesa, inclinando meu corpo para frente.
Encarando cada um dos candidatos á minha frente.
- Bem então vamos lá –
bati as palmas das mãos, uma na outra, meus cotovelos apoiados no joelho –
Embry Garcia, conhecido por voar mais alto que uma pipa. Provavelmente está
louco por essa vaga, pois terá acesso fácil ao dinheiro para sustentar seu
vício, já que seu padrasto se recusa a enviar mais do que o necessário, depois
de ser informado que o enteado não frequentou ás aulas por seis meses no ano
passado. Lauren Mallory, a julgar pela forma desesperada com que
está abrindo as pernas para que eu possa observar sua calcinha, acredito que
aceitará apostas gratuitamente em troca de uma foda. Tanya Denalli, qual o
plano em envolver suas amantes em nosso trabalho Sanders?– observava com
alegria seus corpos se contorcerem no sofá, diante de minhas afirmações. –
Mande-os daqui, saiam com eles, quero ficar á sós com Jacob Black –
ordenei, levantando-me para buscar mais whisky, causando surpresa, mas
sentindo-os saírem por minhas costas. Não antes de observar o olhar surpreso e
de mais alguma coisa de Tanya Denalli em minha direção.
- O que tem a me dizer
Black? – perguntei assim que a porta foi fechada.
- Nada Cullen! Não
estou aqui por vontade própria, assim como Eu, você sabe que não temos muitas
escolhas quando entramos para a fraternidade. Mas vou cumprir o papel que me
for designado com honestidade, em relação á isso você pode ficar tranquilo –
confessou com sinceridade, enquanto o observava com o copo nos lábios.
Assim como todos os
outros, eu conhecia a família de Black. E ele não estava sendo nada menos que
honesto. E encarava meus olhos enquanto respondia minha pergunta. Eu admirava
isso!
Cruzei a sala a passos
largos – Seja Bem vindo! – cumprimentei apertando sua mão! – Não me decepcione
– alertei com calma.
- Não o farei – foi sua
resposta curta, devolvendo meu aperto.
Acenei em entendimento
e me dirigi a porta, na pura intenção de chamar Emmett e leva-lo embora como
combinado. Só para ter meu corpo empurrado para um corredor escuro por ninguém
menos que Tanya Denalli.
- O que pensa que está
fazendo? – parei-a abruptamente empurrando seu corpo junto á parede.
- Eu quero você! O que
você acha que estou fazendo? – sussurrou lambendo os lábios, puxando o cós de
minha calça.
- Como pode dizer isso?
Não sabe que estou afim de Isabella? Você não é sua amiga? – questionei meio
zonzo pela bebida, pela escuridão, pela música alta e a fumaça que inundava o
ar.
- Você não pode estar
falando sério que está afim daquela sonsa – ronronou puxando minha camisa, seus
lábios tocando o lóbulo de minha orelha, mordiscando, fazendo-me gemer. –
Impossível você não me querer!!
Tanya era uma mulher
bonita, e meu pau, que algum tempo não via alguma ação, estava concordando com
isso, fazendo-me esfregar á ela. Mas quando minha mente nublada terminava de
registrar a maneira que havia se referido a Isabella, meu instinto protetor
assumia o comando do meu corpo, fazendo-me sentir raiva da situação e de mim
mesmo.
Com força acima da
necessária, prendi suas mãos acima de sua cabeça, prendendo-a pelos punhos,
pressionando ainda mais seu corpo com o meu, fazendo-a gemer.
- Sabe o porquê eu não
quero você – rosnei rouco em sua orelha, mordendo com força seu lóbulo – Porque
você se veste como Puta, cheira como Puta, se oferece como uma Puta. Seu cabelo
não é da cor que eu sonho. Você é burra! Sua voz é irritante e acima de tudo,
você é uma pessoa desleal, que não sabe o valor da palavra amizade, e está
dando em cima do namorado de sua amiga...
- Ela não é sua
namorada – gemeu com dor, tanto pelo meu aperto em seu pulso como por minha
mordida que havia tirado sangue de sua orelha, tentando ainda se desvencilhar
de mim, com os lábios tremendo e os olhos com lágrimas.
- Ela é Minha!
Completamente e inteiramente Minha! E qualquer pessoa que tente ficar entre nós
dois, irá se arrepender amargamente de ter nascido. Fui claro Denalli – conclui
apertando seu queixo com força quando tentou desviar o olhar. ENTENDEU? –
gritei quase a sacudindo – Faça mal á Isabella e acabo com sua vidinha fútil. –
alertei, sendo interrompido por um grito abafado chamando minha atenção.
Virei meu rosto
rapidamente á tempo de ver Rosalie Hale encarando-me com um olhar furioso,
distraindo-me ao ponto de Tanya tomar minha boca em um beijo inesperado.
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