Capítulo 018/01 – JOGOS PERIGOSOS
Bella – PVD
Duas semanas depois.
Eu iria matar Edward Cullen. Trucidá-lo e
enterrar partes de seu corpo separadamente para que; como um vampiro, Ele não tivesse
o poder de juntar as partes e viver novamente. Eu praguejava conforme Eu andava
pelo quarto recolhendo suas roupas jogadas pelo chão.
Fazia duas semanas. Duas semanas que após
sair raivoso por minha recusa de se instalar em seu quarto, Ele voltava com sua
bagagem em mãos. Duas mochilas, seu material de estudo e seu laptop,
largando-se em minha cama, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Edward me enlouquecia.
Além de sua arrogância nata, outras
descobertas foram surgindo; Edward tinha que ser a pessoa mais obstinada,
ciumenta, e possessiva que Eu conhecia, e não poderia deixar de acrescentar
desorganizada. Todas suas coisas eram jogadas aleatoriamente em qualquer lugar,
como se esperasse que alguém simplesmente as recolhesse.
- EDWARD! – gritei irritada, quando
acabava de encontrar suas meias no meio de minhas calcinhas. – Urghh! – rosnei,
saindo do closet atrás dele. Ao descer ás escada em sua procura, risos
femininos vindos da cozinha chamaram minha atenção, e segui o som, fazendo com que
meus pés retesassem na entrada da porta, com a cena á minha frente.
Edward Cullen, somente de cueca box,
sentado em cima da pia, comento sorvete com Lauren, Sasha, Victoria e Irina.
Todas dando aquelas risadinhas de flerte, de alguma coisa que Ele havia dito,
praticamente se jogando em cima dele.
Maldito!
Diante da cena fechei os olhos enquanto, o
ciúmes venenoso corria por minhas veias deixando-me completamente furiosa.
Eu
queria bater em Edward. Socar aquele rosto bonito, até que ficasse desfigurado.
Mas antes Eu queria arrancar a tapa aqueles sorrisos idiotas das vagabundas que
estavam em cima do meu namorado. Uma por uma, arrancar suas unhas e raspar seus
cabelos.
- Baby? Algum problema? – perguntou
sorrindo cínico, tirando-me da minha nuvem nublada de ira.
Eu sabia o que Edward estava fazendo.
Durante todas as duas semanas que estávamos juntos, Ele estava me provocando,
me irritando ao ponto de que Eu não tivesse mais saída, a não ser ceder ao seu
pedido de irmos morar juntos. Andava fazendo coisas, como jogar as roupas sujas
pelo chão, dizendo que não tinha que se importar com isso em sua fraternidade, já
que pagava alguém para isso; Ou espalhar resto de comida ou embalagens vazia
por cima dos móveis.
Mas hoje Edward havia passado dos
limites.
Não tínhamos declaro oficialmente nossos
ciúmes um pelo outro, não que precisasse, pois Edward simplesmente não
escondia; Mas sabíamos o que o outro não gostava. E ele definitivamente sabia
que Eu não o queria de papinho com as garotas. Eu conhecia muito bem que tipo
de atração que Ele exercia no sexo feminino.
Mas dois poderiam jogar esse jogo. E Ele
não perdia por esperar.
- Problema? – dei de ombros, sorrindo
falsamente – De forma alguma, só estava te procurando, para te perguntar uma
coisa; Mas já resolvi o problema. Pode continuar com o seu sorvete. –
gesticulei em direção ao pote – Vou dar uma saída. – avisei, colocando minhas
mãos tremendo no bolso da calça. Se Eu ficasse mais cinco segundos em sua
presença, eu iria desmoronar á sua frente.
- Aonde você vai? – foi o que bastou,
para que seu pequeno teatro terminasse – Eu vou com você! – declarou pulando do
balcão, jogando o pote de qualquer maneira no colo de Sasha.
- Ahhh.. que pena Edward... – ronronou a
vadia – Você nem começou a nos contar a história do seu primeiro cachorro - pediu fazendo-me cerrar os olhos em sua
direção. Ele havia contado a história de “punk” para Elas? A mesma história que
me confidenciou que nunca tinha contado a ninguém? De como havia chorado pela
primeira vez como um bebê porque seu melhor amigo tinha morrido?
Maldito!
- Isso Edward... – engoli seco -
Fique.....conte a história de “punk”, tenho certeza de que Elas podem te
consolar quando chorar novamente.– rosnei de raiva e mágoa, saindo em disparada
pela porta, apenas brevemente escutando seus gritos atrás de mim.
Minhas pernas tremiam de frio, e as
lágrimas secavam em meu rosto, enquanto corria até um parque próximo ao Campus.
Nervosa e com raiva de mim mesma.
Eu amava Edward loucamente. Mas tinha
raiva desse sentimento que me dominava. Odiava que Ele poderia me deixar forte,
e fraca ao mesmo tempo. Eu estava em suas mãos, e isso não Era uma atitude
sábia e nem saudável. Se Edward me
abandonasse Eu estaria perdida. E não ter o controle sobre minha própria vida estava
me deixando irritada. Muito irritada.
- IMBECIL, IDIOTA, ARROGANTE DE MERDA! –
gritava, gesticulando e jogando pedrinha que achava pelo chão, no lago á minha
frente.
- Aposto que esses elogios, são para
Edward - comentou uma voz rindo.
- JAKE! – gritei dando um pulo com o
susto – DROGA! Quer me matar de susto? –
completei colocando a mão e meu peito.
- Foi mal Bella! Me desculpe! - pediu sorrindo – O que Edward fez desta vez,
se é que posso perguntar.
Jacob Black. O único homem no planeta que por alguma razão
Edward não se sentia ameaçado. A pessoa que estava a cada dia se tornando
especial em minha vida. Depois de Rose, meu único amigo. Um cara gentil,
verdadeiro e companheiro. Se não fossem pelos flertes entre Ele e Rose, eu
poderia jurar que Jake era homossexual. Mas a julgar pela aparência e o sorriso
no rosto de minha amiga a cada dia que ambos saiam juntos, Eu estava enganada.
Conhecer Jake foi um bálsamo. Durante
toda minha infância, por causa do meu jeito largado de ser e sempre se interessar
por assuntos diferentes, do que qualquer coisa sobre moda ou shopping, as
meninas literalmente me desprezavam, fazendo com que meus amigos sempre fossem
os caras do clube de ciências ou os nerds de matemática. E ter novamente um
amigo do sexo oposto, era um ar refrescante.
- Como que você sabe que foi Edward? –
suspirei sentando-me no banco ao seu lado.
- Porque você tem que ser a pessoa mais
centrada que Eu conheço Bella – brincou – E conheço o Cullen.. Ele tem o dom de
deixar uma pessoa como você assim – apontou rindo.
- O Cullen é um idiota! – rosnei,
cruzando os braços.
- Wow!... Se está o chamando pelo
sobrenome é porque a coisa foi séria! Quer falar sobre isso? – pediu me
encarando curioso.
- Ele é um imbecil! – bufei – Somente
isso já explica muita coisa –disfarcei, mesmo Ele sendo meu amigo, Eu não tinha
o hábito de comentar sobre minha vida pessoal. Meu lado reservado perecia me
impedir, como se me alertando sempre que deveria me proteger – Não me leva á
mal Jacob , mas não me sinto confortável falando sobre minha intimidade com
Edward – disse com sinceridade.
- Eu entendo e respeito muito isso Bella,
mas se precisar conversar pode sempre contar comigo, você sabe certo? Eu sempre
estarei aqui. Eu gosto muito de você como amigo, e quero que saída disso.
- Obrigado Jake – suspirei, encarando
seus olhos – Obrigado por sua amizade e saiba que a recíproca é verdadeira –
suspirei – Como estão as coisas entre você e Rose?
- Rosalie é incrível – sorriu – Ela é
linda, inteligente... Eu estou muito interessado – confessou
- Rose é mesmo incrível! Eu espero que dê
tudo certo entre vocês – disse com sinceridade. Minha amiga merecia ser feliz.
- Eu quero ser essa cara – suspirou – O
problema é fazer com que Ela esqueça o grandão – suspirou, coçando á nuca.
- Emmett é outro idiota – disparei
fazendo-o rir – Qual o problema desses caras com dinheiro? Se julgam melhor do
que os outros? Será que é alguma síndrome de pênis pequeno? – bufei, sem pensar
no que falava. Apenas me dando conta quando ele ficou me encarando segurando o
riso – Esquece! Edward não tem problemas com o tamanho – murmurei.
- Foi o que pensei Bella – respondeu,
caindo na gargalhada logo em seguida, fazendo-me sorrir sem graça.
E foi assim entre risos e conversas
aleatórias, que sua presença, fez com que pelo menos por um momento, Edward
Cullen não fosse o centro do meu universo. O que Era simplesmente ilusório,
porque Edward era meu próprio universo pessoal.
- Hey Jake! Está tudo bem? – perguntei
assim que Ele voltava desligando o celular, no qual estava há mais de quinze
minutos, discutindo freneticamente e aparentemente nervoso.
- Sim... er.... deveríamos voltar para o
campus Bella, está ficando tarde, Eu ainda vou siar com Rose.
-Ah...sim claro!..Bem... você pode me dar
uma carona? – pedi olhando no relógio, notando que havia se passado mais de
duas horas de minha saída. Pensando de como Edward deveria estar nervoso com
meu sumiço, já que tinha saído sem celular. Para logo depois, imaginar que não,
já que deveria ter ficado de conversa com as vadias de plantão, fazendo com que
a raiva ressurgisse no peito.
- Claro Bella.. Você quer passar em algum
lugar antes? – perguntou gentilmente.
- Não! Na verdade Eu quero ir para a sua
fraternidade, tem como você saber se Edward está lá? – perguntei com segundas
intenções. Um plano se formando em minha cabeça. Eu faria Edward provar do
próprio veneno.
- Não... Ele..bem ..está esperando por
você .. E.. bem na ligação.. – gaguejava sem graça
- Era Edward? – perguntei curiosa com seu
desconforto – Ele é quem estava gritando no telefone?
- Bem... Eu estava conversando com Rose,
explicando que você estava comigo, e parece que Ele escutou e tomou o aparelho
de sua mão – suspirou sem graça – Ele está realmente irritado Bella.
- Que ótimo! – exclamei – Tomara que
arranque todos os cabelos com as mãos!
- Vocês dois são uma coisa de ser ver
Swan. – sacudiu a cabeça – Confesso que é instigante. Se completam de uma forma
perturbadora.
- Edward vai sentir na pela o que é ser
completo – ameacei – Preciso de sua
ajuda Jake - pedi, parando de andar,
pegando em seu braço – Você pode me deixar em sua fraternidade? Quero fazer uma
surpresa para meu namorado – sorri travessa com o pensamento.
- O que está aprontando Bella? –
perguntou desconfiado.
- Nada! – dei de ombros – Só dando a
Edward o que Ele merecesse.
Trinta
minutos depois, Eu tinha o prazer de escutar o rosnado furioso do meu futuro
ex-namorado, quando me pegava na mesma cena, em que havia me provocado pela
manhã. O detalhe Era que, os outros meninos estavam sem camisa oferecendo
sorvete em minha boca.
-
MAS QUE PORRA É ESSA QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI!
- gritou com uma fúria como nunca tinha visto antes.
Vingança é uma cadela Cullen!
Edward – POV
Eu era um idiota!
- Porra Edward, você pegou pesado ! –
ralhava comigo mesmo andando pelo quarto, enquanto olhava para meu telefone
pela décima vez.
Duas horas. Duas malditas horas que
Isabella tinha saído da casa furiosa de ciúmes comigo, e não havia retornado. O
lembrança de sua face corada e suas mãos tremendo de raiva, quase me traziam um
sorriso no rosto. Quase! Se não fosse pelo fato, de que Eu estava extremamente
preocupado.
Eu sabia que estava jogando um jogo
perigoso. Ciúmes era uma arma perigosa, que Eu mesmo não sabia manusear. Mas
minhas armas para convencê-la a morar comigo estavam se esgotando; Eu tinha me
tornado um desordeiro, um díscolo. Nem mesmo em minha casa com dez empregados
eu fazia tanta bagunça. Minhas atitudes eram insanas; Desde a largar roupas
jogadas pelo quarto, comida por cima dos móveis até misturar minhas meias sujas
com suas roupas íntimas.
Eu era um homem desesperado.
Eu queria ter Bella somente para mim, o
tempo todo. Queria sua atenção fosse
dispensada somente á minha pessoa. Queria poder acordar e dormir ao seu
lado e fazer amor sem se preocupar se meus gritos de êxtase estavam altos
demais. Queria poder tomar banho com
Ela, e fazer amor no sofá. Tomar seu corpo na mesa da cozinha, enquanto Ela
preparava nosso café da manhã. Eu queria
tudo com Ela.
Sempre.
Mas meu querer intenso, havia-me feito
agir de maneira insensata, e Eu estava realmente nervoso. Quando Eu estava na
cozinha, pegando sorvete para nós dois, Eu nunca tinha em mente algum tipo de
plano. Mas um suco derramado em minha roupa, e os resmungos dela no quarto,
foram acendendo uma vontade insana de provocar sua ira, e somente havia
percebido que tinha ido longe demais quando me deparei com seu olhar furioso e
seu semblante triste na porta da cozinha. E somente depois que Ela desaparecia
pela rua, é que Eu havia percebido a grande besteira que tinha feito, e
constatado a veracidade pelos olhares maliciosos das meninas que haviam
presenciado tudo.
Eu era um grande idiota!
- Edward! – chamava-me Jacob da sala.
Fazendo-me sair em disparada á sua procura, pois sabia que Ela estava com Ele,
o que tinha me trazido um certo conforto. Jacob era segurança de Isabella, e
mesmo que Ela não soubesse, Ele me reportava tudo o que acontecia com Ela.
- Onde ela está? Bella? – perguntei e
chamei andando pela sala.
- Ela não está aqui! – respondeu, fazendo
com que o encarasse.
- Como assim Ela não está aqui! Não
mandei que ficasse de olho nela? – rosnei.
- Eu estava pajeando Bella até agora
Cullen! Não sei que merda você fez desta vez, mas Ela demorou um tempo grande
para se acalmar.
- O nome dela é Isabella – avisei – Onde
ela está?
- Ela foi para nossa fraternidade, disse
que iria esperar por você lá – respondeu rindo.
- O que diabos ela foi fazer lá sozinha?
Não sabe que só tem homens naquele lugar.? – gemi frustrado, com uma sensação
de desconforto no meu estômago.
- Bem... Ela disse que você iria entender
– deu de ombros – Eu não conheço muito Isabella ainda, mas Eu diria que Ela
está aprontando algo – ressaltou, fazendo-me correr e pegar minhas chaves.
- Foda-se Jacob! Se alguma coisa
acontecer com minha menina, Eu acabo com você – rosnei, saindo em disparada.
....................
Gritos masculinos, eram acompanhados pela
doce risada de Isabella, assim que entrei na fraternidade, fazendo-me
literalmente parar á porta. Minha mente sensata me alertava que Eu merecia
escutar isso; Que seja lá o que estava acontecendo naquela cozinha, Era
completamente justo, devido ao meu comportamento mais cedo. Mas minha mente
nublada de ciúmes e fúria me deixava cego. Caminhando a passos pesados e
lentos, e com a respiração em rajadas, em caminhava para dentro, cegamente
empurrando todos que estavam em meu caminho. Uma parede humana de homens
descamisados, estavam parados na porta, e por todo o local, olhando vidrados e
babando em minha menina, que tomava sorvete em cima do balcão da cozinha,
vestida apenas de lingerie.
Exatamente igual ao que Eu tinha feito
horas antes.
Um aperto feroz em meu coração, quase
tirou-me o ar. Minas pernas tremiam, minhas mãos começaram a formigar, minha
visão tornou-se vermelha. Eu nunca havia sentido tanto ódio em toda minha vida.
- MAS QUE PORRA É ESSA QUE ESTÁ
ACONTECENDO AQUI! - gritei fazendo com
que a maioria dos rapazes pulassem em seus lugares, alguns já passando por mim
praticamente correndo.
- Oi amor! Algum problema? – repetia as
mesmas palavras ironicamente levando a colher com o gelado á boca, lambendo
sensualmente.
Ela estava se vingando. E nem tentava
mascarar sua atitude. E a constatação dessa ação, desencadeava emoções
animalescas em mim. O desafio claro em seus olhos, instigava-me a querer acabar
com isso, de uma vez por todas.
- SAIAM TODOS! – ordenei – AGORA! –
gritei, fazendo com que os últimos futuros ex-alunos saírem correndo,
deixando-nos a sós.
- O que pensa que está fazendo? – rosnei
baixo me aproximando. Eu me sentia um animal prestes a atacar. A imagem de
outro homem á tocando, nublando minha razão.
- Nada – deu ombros, um sorriso cínico
formando nos lábios – Estou apenas comendo um sorvete.
- Eu sei o que está fazendo Swan, e esse
é um jogo perigoso..muito perigoso – sussurrei, tomando o pote de seu colo e
jogando-o com força contra á parede, fazendo-a pular – Eu não tenho controle
nenhum sobre mim, ou o que sou capaz de fazer se Eu ver outro homem te tocando;
Você deveria saber disso – avisei. Eu estava fora de mim.
- Isso é para você ver, como é gostoso
Cullen – sussurrou jogando a colher na mesma parede em que joguei o pote de
sorvete, desafiando-me a cada minuto – Mas ao contrário de você, Eu não faço
joguinhos... Eu os cumpro! – ameaçou claramente me dando indícios de que suas
atitudes não eram apenas uma provocação, que Elas poderiam tornar-se reais,
deixando-me ainda mais furioso.
- Você é minha! Não existe jogo nenhum
PORRA! – gritei furioso, pegando sua nuca com força.
- Eu não sou de ninguém – retrucou de
volta, tentando se desvencilhar do meu aperto. – Ainda mais de alguém que fica
usando meus sentimentos para brincar comigo – completou com a voz embargada –
Me solte! Eu quero ir embora. Quero ficar longe de você! Acabou entre nós!
- NÃO! – gritei, apertando sua nuca ainda
mais – Você é minha sim porra! Qual á parte de que não vai me deixar nunca você
não entende? – rosnei
- Você não me ama – disparou, começando a
socar meu peito com os punhos – Você brinca com meus sentimentos, você é um
idiota, arrogante, presunçoso, eu odeio você! ...Odeio...- sussurrava entre as
lágrimas liberadas, me desmoronando por dentro. Se tinha alguma coisa no mundo
que me deixava desarmado, era as lágrimas da minha menina.
- Eu te amo baby!.... Por favor...me de
perdoe – sussurrei, abraçando-a com força, enterrando meu rosto em seus
cabelos, fazendo com que seu perfume me acalmasse como sempre – Eu amo você...
Não fiz por mal, Eu sei que minha atitude foi insana, mas não foi premeditada –
comentei contando tudo o que havia me levado a ter minha atitude inconsequente.
– Me perdoa... Por favor?
- Nunca mais faça isso! Eu não posso
aguentar Edward – sussurrou em meu peito soluçando. – Eu odeio ver você com outra
mulher – confessou, trazendo um sorriso em meus lábios.
- Eu quero matar, toda vez que vejo
alguém perto de você baby! – confessei, puxando seu rosto, para encarar seus
olhos, que estavam inchados e vermelhos – Eu não suporto o pensamento de te
perder. Fala para mim.... por favor... – supliquei. E Bella sendo a minha
perfeita, sabia exatamente o que Eu precisava escutar.
- Eu e você contra o mundo! – sussurrou
em meus lábios. Nossas testas juntos.
- Eu e você contra o mundo! – respondi de
volta, beijando suavemente sua boca.
- Você não acha que uma declaração forte
como essa meu filho, deve ser feito em um momento apropriado, ou que pelo menos
mais íntimo? Apesar de que pelo traje de sua namorada, Eu é que devo estar
atrapalhando alguma coisa! – foi á voz grave e acusadora de Carlisle Cullen,
surgindo da porta, fazendo-me automaticamente cerrar os olhos e apertar uma
Isabella petrificada em meus braços. - Mande-a se recompor e me encontrem na
sala em dez minutos! – foi á voz de comando, como sempre! Fazendo-me trincar os
dentes de raiva.
Mas foi a reação da mulher em meus
braços, que me fez lembrar que Eu não era mais o garotinho rico, amedrontado
pelo pai.
- Eu levo muito mais que dez minutos para
se trocar Senhor Cullen, se estiver com pressa, pode marcar um horário em minha
agenda – respondeu altiva, se soltando de meus braços, ficando em pé em toda
sua glória, deixando-me embasbacado.
Que porra de lingerie era aquela?
- O que você disse? – rosnou meu
pai.
- Senhorita..Senhorita Isabella Swan,
agora se me der licença – pediu, passando por Ele rebolando – Você vem amor? Estou
louca por um banho – ronronou me chamando
e piscando.
- Edward! – comandou meu pai – Não se
atreva a deixar-me esperando! – ameaçou.
- Sinto muito Carlisle.. Deveria ter
telefonado antes – sorri torto passando por Ele, que segurava firmemente meu
ombro.
- O que pensa que está fazendo? – pediu
incrédulo.
- Sendo homem e sendo feliz pela primeira
vez em minha vida – respondi encarando seus olhos, enquanto soltava sua mão de
meu ombro – Com licença “pai” – terminei
indo em direção ás escadas, e Eu podia jurar que pela primeira vez em
minha vida, Eu percebia um sorriso sincero do meu Pai em minha direção.
Os homens têm menos
escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer, pois o amor é
mantido por vínculos de gratidão que se rompem quando deixam de ser
necessérios, já que os homens são egoístas; mas o temor é mantido pelo medo do
castigo, que nunca falha
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