Capítulo 024/01
– POR ENQUANTO
Bella – POV
Era
uma cena cômica. Charlie Swan estava sem
palavras em uma final de campeonato.
Eu
nunca poderia imaginar que essa seria a cara de meu pai, enquanto observava
Edward Cullen, o milionário herdeiro das indústrias de petróleo, sentado em seu
sofá puído, tomando sua cerveja de um dólar, comendo batata chips e ainda
torcendo contra os Lakers.
Havíamos
chegado, em menos de duas horas; e em vinte minutos Edward conquistou Renne com
seu sorriso torto; em trinta minutos
chamou meu pai de sogrão e se alojou em seu lugar no sofá e em dez minutos já pedia uma cerveja.
E
desde então Charlie Swan estava de boca aberta.
- Eu
sinceramente estou preocupada com seu pai – comentou Renne rindo, sentando-se
ao meu lado – Não sei se aquela expressão em seu rosto é de admiração ou
incredulidade.
- Eu
estou apostando um pouco nos dois – sorri, intercalando meu olhar entre ela e
eles – Acho que pegamos papai um pouco de surpresa com essa coisa de namoro –
disse com sinceridade. Uma coisa era meu pai saber por Renne que eu estava de
“namorico” na Universidade, outra era ele saber que estávamos morando juntos
pouco tempo depois.
- Eu
acho que seu pai está mais abismado com o fato de ser quem ele é, do que com o
namoro em si – respondeu com naturalidade, fazendo-me revirar os olhos em
acordo, sabendo que era verdade. Quando Edward se apresentou como um Cullen, eu
podia jurar que meu pai quase teve um delíquio quando escutou seu sobrenome. O
fato era que; Se estivéssemos na época em que os pais exigiam dote para
desposar a filha, Charlie Swan estaria se esbaldando. Tenho certeza que ele
estava se lamentando nesse momento, de não vivermos em algum país com esse
costume.
Não
que meu pai não era um cara legal. Ele era e muito. Trabalhador honesto, que
assim como milhões de pais de família, se desdobrava em muitos para poder ter
uma vida decente e pagar as contas. Mas como todo ser humano tinha defeitos, e
a ganância era um deles.
Charlie
era uma pessoa gananciosa e durante toda a vida, se não fosse sempre minha mãe
ao seu lado, com certeza já teria trocado os pés pelas mãos, em algum trabalho
duvidoso. Na sua ânsia de querer sempre mais, ele tinha o hábito de se envolver
em algumas pequenas enrascadas, que nunca passaram de meras confusões, graças a
ela.
-
Vocês vão ficar quantos dias conosco? – perguntou minha mãe, tirando-me dos
meus devaneios, oferecendo um copo com refrigerante.
-
Infelizmente vamos embora hoje mesmo – expliquei triste – Não estamos de
recesso na universidade e os exames finais começam agora, então não podemos
ficar.
- Que
pena! Eu adoraria que ficassem um pouco mais, assim eu poderia conversar com
Edward – sorriu fazendo graça, com as sobrancelhas – Ele é tão lindo! –
suspirou.
- Deus!
Mamãe até você! – ralhei brincando.
-
Ohh.. Ele é muito paquerado na universidade? – pediu curiosa.
- A
senhora não faz ideia! – resmunguei irritada, fazendo-a gargalhar.
-
Minha menina com ciúmes e apaixonada! Eu não achei que viveria para assistir
isso de perto – sorriu – Você já conheceu a família dele?
-
Sim.. – suspirei – A mãe dele é um amor, e o pai um metido arrogante como o
filho – dei de ombros – Nada que eu não possa me acostumar.
- Sério?
– brincou – Olha.. eu imagino que o mundo de vocês são completamente
diferentes, mas o amor não tem cor, raça, ou conta em banco querida. Se vocês
se amam, não deixe que o mundo interfira nisso. Porque no final, quando a vida
chega ao fim, isso é a única coisa que vai realmente ser importante – disse
acariciando meu cabelo.
-
Obrigado Mamãe – respondi com sinceridade – Eu o amo muito, e no que depender
de mim, farei tudo para estar ao seu lado, mesmo que isso signifique engolir
alguns sapos em nome desse sentimento.
-
Isso não é nada meu amor, acho que já engoli um brejo cheio deles, em nome do
relacionamento com seu pai – provocou, fazendo-me cair na gargalhada, chamando
a atenção de Edward, que sorriu em minha direção. – Definitivamente um gato
minha filha.
-
Contenha-se velhota! – brinquei, levantando – Vamos ver do que aqueles homens
precisam! – comentei, andando em direção á sala.
-Hey
Baby! – sorriu Edward quando me aproximei, puxando-me pela cintura e fazendo-me
cair sentada em seu colo – Estavam rindo do que? – pediu curioso.
- Eu
estava contando pra minha mãe que você é o único milionário metido nesse mundo,
que se senta em um sofá velho, tomando uma cerveja de um dólar e tem coragem de
desafiar o dono da casa torcendo para os Lakers. – provoquei.
-
Bem..- deu de ombros – O sofá e a cerveja até dá para tolerar, o duro é saber
que seu pai torce para os Celtics. Se eu soubesse disso, eu não daria bola pra você Swan – provocou metido.
- Dar bola pra mim? – disse indignada –
Acho que precisa refrescar sua memória Cullen!
Não fui eu que fiquei correndo atrás de você! Aliás eu te odiava!
- Não
precisa mentir na frente dos seus pais baby! Nós dois sabemos que você era
louca por mim desde que me conheceu, tudo não passou de um joguinho – disse
como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Metido
de merda!
-
Você é um idiota! – resmunguei, empurrando seu ombro e tentando sair do seu
colo, causando-lhe uma gargalhada.
-
Estou brincando – riu, puxando-me pela
cintura novamente - Você não quer que
seu pai ache que sou um frouxo quando se trata de você, certo?
- Não
preciso nem de provas rapaz! – resmungou Charlie no gargalo da garrafa, fazendo
com que todos nós gargalhássemos.
O
resto da viagem foi muito tranquila. Meus pais como não poderia ser diferente
amaram Edward, que surpreendendo-me totalmente agiu como uma pessoa
completamente diferente do que eu poderia imaginar. Era como se ele pertencesse
ao meu mundo, mesmo com todo o abismo social que nos separava, ele agiu com uma
simplicidade nata. Interessou-se por tudo, pelo que eles gostavam e por seus
trabalhos. Edward chegou até a ficar horas conversando com Charlie sobre
negócios, deixando-me em alguns momentos intrigada com tantas perguntas e
conhecimento sobre o tema que discutiam, deixando-me curiosa.
Como
se eu já não tivesse rivais de mais para me preocupar, Renne, só faltava
suspirar pelo meu namorado. E se não fosse pelo fato de que ela era minha mãe,
eu realmente poderia ter ficado com ciúmes.
-
Você não precisa ficar com ciúmes de sua mãe baby! Ela é uma mulher linda, mas
você é muito mais, e meu fetiche por mulheres mais velhas já passou – provocou
Edward, quando entrávamos em nosso apartamento.
- Há!
Há! Há Cullen! – zombei revirando os olhos – Você se acha demais!
- Eu
me acho porque posso! – zombou metido – Não tenho culpa se sua mãe ficou
apaixonada por mim.
-
Assim como seu pai, ficou apaixonado por mim – retruquei, jogando a mala em
cima da cama – Você sabe que toda aquela implicância dele comigo, na verdade é
amor certo? Assim como aconteceu com você! – continuei provocando, notando que
sua resposta não vinha – Edward? O que foi? – perguntei, girando meu corpo,
vendo-o parado em meio ao quarto com um semblante estranho no rosto.
- Eu
mato aquele velho filho da puta! – rosnou realmente enfurecido, que pude
constatar, por suas mãos fechadas em punho.
- De
quem está falando? O que houve? – pedi confusa
-
Carlisle já disse alguma coisa pra você? Ele se insinuou? – perguntou com a voz
forte.
- O
que? Não.... Edward! – ralhei, finalmente entendendo o que ele estava
insinuando – OMG! Eu estou brincando, ele é seu Pai! Você está louco?
- Ele
é homem! Um homem frio, calculista que joga todos os tipos de jogo para
conseguir o que quer, ele pode muito bem, ter tentado te seduzir para afastar
você de mim – acusou irritado. – Não é a primeira vez que iria fazer isso.
- E
ele pode beijar minha bunda, pelo tanto que me importa! – respondi irritada,
com ele e com a insinuação – Não é só porque seu pai é um calhorda de merda que
traí uma pessoa linda como sua mãe, que os demais são assim! Não posso
acreditar que ele fez isso!!
- Meu
pai nunca traiu de fato minha mãe; Mas isso nunca o impediu de tentar levar
minhas pretendentes a namorada para uma cama de hotel, e tirar fotos e me
mostrar quão vagabunda e atrás de dinheiro estavam – explicou relaxando a
postura.
Eu
estava estática.
- Seu
pai ....
-
Sim.. – me cortou – Carlisle, sempre conseguiu provar que as mulheres nunca
eram o suficiente boas para mim, seja conseguindo provar que eram vagabundas ou
oferecendo dinheiro para me deixar – explicou me deixando de boca aberta.
- Por
isso você nunca se relacionou com ninguém? – perguntei baixo me aproximando.
- Não
é muito fácil, burlar meu pai – deu de ombros – Eu sempre soube que somente na
universidade eu poderia conhecer alguém, sem sua cobrança e julgamentos
constantes...
- Por
isso ele veio de imediato me conhecer, quando soube de nosso relacionamento? –
perguntei, já sabendo á resposta, que não era mais surpresa.
Carlisle
Cullen me avaliou o tempo todo.
- Não
tenha dúvidas disso – sorriu triste – E agora que você disse isso brincando, eu
me pergunto se ele não aceitou fácil de mais nosso relacionamento. Se ele
estiver interessado em você...
- Nem
diga isso Edward! – cortei seu raciocínio – Seu pai ama Esme, e de certa forma
ele acha que somos parecidas, e sua própria mãe me confidenciou isso no
jardim.
-
Então você realmente conquistou o poderoso magnata do petróleo? – sorriu torto
me puxando pela cintura – Isso é uma façanha senhorita Swan.
- O
que posso fazer, se meu jeito meigo e diplomático funciona? – perguntei com
sarcasmo, fazendo-o jogar a cabeça para trás e gargalhar. Toda a tensão
esquecida.
- Eu
te amo baby! – disse acariciando meu rosto – Muito.
- Eu
também te amo, viu que sorte você tem? – provoquei, beijando sua mandíbula.
- Sou
o cara mais sortudo do mundo – sussurrou beijando meu pescoço, e me pegando em
seu colo. – Estou com saudades desse meu corpo... Não sabe como fiquei com
vontade de foder com você no seu quarto de adolescente. – gemeu me deitando na
cama.
- Seu
tarado – sorri, abrindo sua camisa.
-
Minha Nerd gostosa! – provocou, referindo-se a enorme quantidade de livros em
meu antigo quarto.
-
Somente sua! – sussurrei mordendo sua orelha.
-
Minha!... – confirmou mordendo meu pescoço – A propósito, aquele filho da puta
de Tyler Crowler está com os dias contados – rosnou,
lembrando-se do meu ex-namorado.
-
Você é absurdo Edward! – sorri em seu pescoço – Não vejo “Ty” há anos.
- “Ty”?..
Que porra é essa Isabella? – perguntou irritado, encarando meus olhos.
- É
só um apelido – bufei revirando os olhos, lamentando a maldita hora em que
Edward esteve em meu quarto e viu sua foto no mural – Não sei porquê se
preocupa tanto! Não vou sair por ai, matando todas as vadias com quem você
ficou!
-
Nenhuma delas ganhou o titulo de namorada. E segundo sua mãe “ Ele era uma
gracinha de rapaz, um namoradinho lindo” – retrucou, fazendo a pior imitação da
voz de Renne, fazendo-me sorrir.
- Eu
estou com quem agora? – suspirei profundo, buscando seus olhos. Eu sabia que
não adiantaria argumentar com ele, quando tinha suas crises de ciúmes – Quem
foi que me teve, me fez mulher?
- Eu
porra! – rosnou tomando minha boca de forma faminta – Você é minha! Minha! -
sussurrava em minha pele – Mas ainda assim, vou matá-lo – completou, quando
empurrando minha calcinha de lado, me penetrou com dois dedos...
-
OMG!! Edward...
- De
quem você é? – perguntei, buscando meus olhos.
-
Sua...somente sua.... gemi, tomando seus
lábios.
-
Para sempre baby!...
♫ Se lembra quando a gente, Chegou um dia a
acreditar....Que tudo era pra sempre
Sem saber.....Que o pra sempre.........Sempre acaba...♫
Sem saber.....Que o pra sempre.........Sempre acaba...♫
(Legião Urbana)
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