quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 025


Capítulo 025/01 –  INIMIGO MEU!

Edward – POV


02 anos depois...

“Com o poder vem á responsabilidade”

Era com essa frase em minha cabeça, que eu encarava a figura estática de Emmett á minha frente. Nós quase três anos em que havíamos entrado para Harvard, muitas coisas tinham mudado em nossas vidas.

Eu havia conhecido Isabella, nossas famílias apoiavam nosso relacionamento, e eu me encontrava cada vez mais apaixonado, e cada vez mais indigno do seu amor e de sua dedicação ao nosso relacionamento. Bella, era a pessoa mais altruísta, desprendida, abnegada, dócil, generosa, amorosa, fiel, amiga e tantos outros adjetivos bons que pudessem caber para descrevê-la. E ainda sim, eu me afogava em mentiras, em nome de outro sentimento que eu amava; O Poder.

Isabella e esse sentimento juntos; faziam com que eu me sentisse completo.

Era difícil ainda admitir que meu pai esteva certo o tempo todo. Que suas convicções; quando eu ainda era novo, de me moldar para seguir seus passos, daria certo.

Eu não estava equivalente á Carlisle Cullen; Eu estava melhor do que ele.

Não havia nenhum estudante, professor, reitor ou diretor que não conhecesse ou havia escutado o nome de Edward Cullen. Eu era respeitado em todas as fraternidades, e não somente reconhecido como o “cara” que cuidava dos negócios ilícitos, como tantos outros antes de mim.
Eu era temido e receado. Mas, o poder, assim como um vício, ele cobrava, exigia.

Eu nunca havia traído Isabella, e mesmo tendo muitas vezes a chance de fazer isso, pois as mulheres se jogavam aos meus pés, eu sempre era fiel em nosso relacionamento, e com isso, minha menina havia se tornado alvo de fofocas e ataques das cadelas dissimuladas e invejosas, fazendo com que cada vez mais, me tornasse uma pessoa fria e calculista.

Eu havia perdido a conta de quantos alunos haviam sido expulsos de Harvard, por simplesmente terem cruzado o meu caminho, ou mexido com Bella, e os meios para que isso ocorresse iam desde ameaças até armações, comandadas por mim, e executadas por Emmett, James e algumas vezes Tanya.

Eu não media esforços para que minha vida pessoal não fosse afetada.

Isabella era minha bruma; minha paz. Ela representava tudo aquilo de puro e perfeito que eu havia abdicado em minha vida, ela era o frescor dos meus dias;  e a cada lágrima que caia de seus olhos pela descoberta de uma, das tantas mentiras, ou emissões que eu contava destruíam minha alma.

Eu tinha um medo absurdo de perdê-la. Isabella era meu ponto fraco, e meus inimigos já haviam dado conta disso, alertando-a sempre que possível; deixando rastros para que ela descobrisse alguma fraude de minha parte. E durante esse período ela descobriu algumas pequenas desculpas esfarrapadas de minha parte, ou desconfiou seriamente dos pequenos delitos que eu cometia.  Bella sabia dos negócios ilícitos, sabia que de alguma forma eu comandava alguma coisa, mas desde que isso não afetasse nosso relacionamento, ela nada perguntava.

E eu a amava ainda mais por isso.

Mas os ataques contra nosso relacionamentos, estavam se tornando constantes e foi assim que ela descobriu que eu estava mentindo sobre a biblioteca dois anos atrás, quando recebeu por e-mail, fotos de mim e Tanya abraçados indo em direção aos dormitórios. Uma mentira que quase havia custado minha relação, e somente com muito esforço e promessas, não cumpridas, é que podemos seguir em frente.

Ao mesmo tempo em que Bella era doce e gentil, ela poderia se transformar em uma cadela vingativa e teimosa quando enganada, e foi assim que perdi sua confiança, e foi assim que Tanya passou de amiga, para uma pessoa suspeita. Não que as duas fossem de fato íntimas; Mas com a viagem estendida de Rose por quase oito meses, as duas depois do ato na biblioteca haviam formado um laço mais profundo, que confesso, tinha sido extremamente benéfico para mim, pois por mais de uma vez, era ela que segurava minha barra, quando eu tinha que omitir algumas situações ou até sair escondido de Isabella, era ela que me reportava á localização dela, quando Jacob estava impossibilitado.

E era justamente Jacob Black, e Rosalie Hale que estavam tirando o sono do meu fiel amigo, e o deixando completamente fora de si.

- O que você quer que eu faça Emmett? – perguntei mais uma vez, notando seus olhos injetados e vermelhos, sinais claros de que mais uma vez havia se rendido aos vícios da cocaína.

- Eu quero que você foda com Jacob Black porra! Eu quero aquele desgraçado fora daqui – vociferou irritado e levantando á voz.

- Em primeiro lugar, você abaixe seu tom de voz, porque é comigo que está falando – alertei – Em segundo lugar, eu deveria mandá-lo de vez para a casa de seu pai, ou uma clinica de reabilitação seu filho da puta! Quantas vezes já mandei você largar essa merda Emmett! Você está se afundando na lama e dessa vez não vou estar lá para te ajudar, tenho coisas mais importantes que fazer na minha vida, outras preocupações do que ficar de babá de um cara que quer acabar com a própria usando essas merdas! – esbravejei..

- Ahh sim claro! – zombou – Não tem mais tempo para os amigos, só para sua namoradinha do caralho!

Foi questão de segundos... apenas segundos para que eu tivesse Emmett preso pela garganta e prensado á parede! – Nunca mais se refira a Isabella! Seu drogado filho da puta, quem você pesa que é para falar dela dessa maneira? De uma vez por todas Emmett, deixe Bella fora disso! Ela não pertence á merda do seu mundo, nem tão pouco ao lixo com que lido todos os dias, não me faça esquecer que te conheço desde quando éramos pequenos, pois eu acabo com sua vida! – rosnei em sua face.

- Você só tem olhos para ela Edward – me enfrentou – Em outros tempos você nunca negaria me ajudar, eu sempre fui fiel a você! Sempre pode contar comigo, e agora por causa dela está sempre me virando ás costas.. O que aconteceu com você porra? – perguntou empurrando meu corpo.

Ele estava certo!

- Não seja ridículo Emmett, não me culpe por ser um fraco, e se deixar levar pela vida ordinária de James, você pode contar comigo, sempre que quiser, mas não posso guiar seu caminho e suas escolhas – apontei – Eu já te alertei várias vezes, inúmeras, mas você se recusa a me escutar, e quando a situação se torna insustentável, você vem me cobrar “em nome da nossa amizade” – sorri com escárnio, fazendo aspas com os dedos – Eu alertei você que Rosalie havia voltado, que você deveria deixar de lado essa vida vadia, de noitadas regadas a sexo e drogas, se quisesse ter uma chance com ela. Mas você me escutou? Não.. claro que não; preferiu continuar fazendo as mesmas besteiras de sempre, e agora que sabe que ela e Jacob estão em um relacionamento está apavorado e tentando a todo custo sabotar isso – acusei.

- Eu. Não. Estou. Sabotando. Nada –  negou irritado.

- Ahh não? E o que exatamente está querendo então quando me pede para expulsar Jacob da universidade? O que pretende quando fica confabulando com James uma forma de comprometê-lo? Me responda Emmett.. O que vai ganhar com o Black sendo escorraçado daqui porque foi plantado drogas em seu dormitório? Você vai ficar tranquilo com isso? Vai poder deitar sua cabeça no travesseiro á noite e dormir tranquilamente? – questionava em sua frente, irritadiço.

- Você dorme Cullen? – contra-atacou – Não é como se fosse a primeira vez que iremos fazer isso, se lembra? Nós pelo menos tomamos essa atitude umas oito vezes nos últimos dois anos...

- Foi para proteger Isabella, eles eram meus inimigos e você sabe disso! – adverti.

- E eu estou querendo proteger Rose!

- Não Emmett, você está querendo proteger a si mesmo, e seu ciúmes – cortei – São situações completamente diferentes.

- Ele está com minha mulher porra! – esbravejou novamente.

- Ela não é sua mulher, nunca foi, por incompetência de você mesmo. Jacob é meu braço direito Emmett, e você deveria saber que sou leal, com quem é comigo. Saiba perder, ou se recupere dessa vida banal, e conquiste a mulher que ama de uma vez por todas – alertei.

- Você confia demais no seu “guarda costas” – cuspiu zombando – Você sabe que as pessoas estão começando a falar dessa proximidade de Jacob e sua namorada? – comentou, deixando-me tremendo de raiva –  Tome cuidado Edward, ele pode ser um profissional em roubar mulher dos outros – completou, e foi o que bastou para que eu desferisse um soco em sua boca, fazendo-o capotar para trás.

- VOCÊ FICOU LOUCO PORRA! – gritou passando a mão no ferimento sangrando.

- SAIA DA MINHA FRENTE EMMETT! VOCÊ ESTÁ DROGADO! E É SOMENTE POR ISSO QUE NÃO VOU ACABAR COM SUA VIDA, MAS INSINUE MAIS ALGUMA COISA, QUALQUER COISA SOBRE A ÍNDOLE DE ISABELLA, E NOSSA AMIZADE ACABA! – gritei de volta. Minha raiva era tão intensa que eu queria chutá-lo até que não pudesse mais falar.

- Edward... – chamou levantando-se, completamente transtornado, e com o semblante de quem descobria ter feito uma grande besteira.

- SOME DAQUI! – gritei, apontando para a porta.

Emmett era como um irmão para mim, mas ele havia ultrapassado todos os meus limites – Se você voltar a beber e a se drogar nossa amizade acaba aqui! – adverti.

- Você vai mesmo trocar anos de amizade por um namoro? – tentou mais uma vez.

- Isabella é a futura senhora Cullen, e assim como eu tem que ter pessoas leais ao seu lado, se você não se enquadra nisso, suma de nossas vidas – disparei vendo sua face descrente.

- Eu sou seu amigo Edward, eu jamais serei infiel á você, e me ofende quando sugeri isso, eu não sei o que deu em mim... eu – tentava se desculpar.

- Vá embora Emmett – pedi novamente – Você precisa de um bom banho e uma noite de sono, mas tudo o que eu disse permanece em pé, saia dessa vida, ou nos tornaremos inimigos, e eu não preciso lembrá-lo de como e ter-me como um.

- Você... você vai me ajudar com Rose? – pediu sem graça.

- Se seus motivos fossem outros, eu poderia te ajudar, mas não dessa vez, não dessa forma. Não vou correr o risco de brigar com Isabella por você! Não vale á pena! E não da forma em que está agora! – esnobei, vendo um fio de raiva passar por seus olhos, deixando-me em alerta. – Vá Emmett, não quero mais ver sua cara por hoje – ordenei, vendo-o ir em direção á porta, no mesmo instante em que Bella a abria.

- Oi Emmett! – cumprimentou minha menina toda sorridente, e estranhando, quando ele passou por ela, ignorando completamente sua saudação. – Nossa! O que houve com ele? – perguntou confusa.

- Nós discutimos, está drogado mais uma vez – confessei meia verdade, puxando-a para meus braços, e cheirando seus cabelos.

Paraíso!

- Você está bem? Estou sentindo seu coração palpitar com força! – sussurrou em meu peito.

- Estou assim porque você está aqui comigo, ele sempre fica frenético com você em meus braços – sussurrei de volta, buscando seus lábios. Eu precisava senti-la, cada pedaço do seu corpo e suas palavras de amor. Eu precisava me sentir centrado novamente, e somente ela podia me dar isso.

- Eu te amo – me disse, beijando-me carinhosamente.

- Eu também amo você, muito – disse sinceramente, acariciando seu rosto – Como foi sua aula?

- Foi ótima! Mais um semestre terminado, e mais alguns meses  estamos fora aqui, nem posso acreditar nisso – disse sorrindo, fazendo com que um medo desconhecido se apoderasse dos meus pensamentos.  O mero comentário de que em poucos meses nossa bolha iria estourar, me apavorava. Hoje morávamos juntos, por conta da faculdade, e como seria depois de formados? Eu não podia mais imaginar minha vida sem ela, sem acordar e dormir em seus braços. Era o momento de oficializar para sempre nossa união.

Eu iria me casar com ela.

- Como você veio para casa? Não pedi que me ligasse para te buscar? – perguntei curioso, já que seu carro estava na oficina.

- Jake me deu carona – respondeu sorrindo, desvencilhando-me do meu braço, e de-repente as palavras de Emmett, voltavam a me atormentar em forma de um ciúmes possessivo – E ainda parou comigo na mercearia – brincou me mostrando uma sacola de compras – vou fazer panquecas para o jantar.

- Porque não me chamou que eu iria com você! – argumentei, meu ciúmes se mostrando.

- Porque nós estávamos no caminho baby – respondeu encarando-me, notando que algo não estava bem. Isabella me conhecia como ninguém. – Nós já paramos outras vezes e não é a primeira vez que pego uma carona com Jacob, Edward. O que está acontecendo?

- Não quero mais você saindo com ela sozinha – disparei, ignorando sua pergunta.

- Porque isso agora? – perguntou cruzando os braços em frente ao peito, demonstrando que estava se irritando.

- Porque não quero as pessoas comentando ou insinuando que existe algo entre vocês dois!

- Eu quero que essas pessoas vão á merda! – retrucou.

- Eu não quero e pronto Swan, isso não é negociável! – avisei irritado.

Ela tinha o poder de me tirar do sério em apenas uma frase.

- Vá você também a merda Cullen! Idiota ciumento! – rosnou, cutucando meu peito com o dedo duro.

- Você é tão teimosa porra! – xinguei, prendendo suas mãos com as minhas.

- E você é um metido, arrogante!

- Você é minha! Não entendeu isso ainda? – disse rouco, mudando uma mão para sua nuca, puxando-a em minha direção com certa pressão.

- Não sou de ninguém! Eu sou minha! – respondeu, como sempre para me provocar.

- Minha! Minha porra! – sussurrei mordendo seu pescoço e lóbulo – Minha!

- Me solte Edward! – sussurrou amolecendo em meus braços.

- Nunca! Nunca vou deixar você! – prometi, tomando seus lábios com forte desejo.

Era a hora de procurar um anel. Isabella Swan seria minha noiva!


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