Capítulo 029/01
– CASTELO DE AREIA.
Bella – POV
Oito meses depois....
- Sim
mamãe... pode deixa.. claro... Sim.. Edward também está lhe mandando um beijo..
okay.. Mande um beijo para o papai.. Te amo... beijos. – desliguei sorrindo com
a empolgação de minha mãe. Desde que ela soube do meu noivado com Edward estava
radiante, ao ponto de me pedir que enviasse por celular a foto do meu anel.
- O
que minha sogra disse desta vez? Fora o fato de que ela me acha lindo e que sou
o melhor partido do mundo? – provocou Edward beijando meus ombros nus, fazendo
com que revirasse os olhos, e tirasse um sorriso dos meus lábios.
E era
sempre assim nos últimos meses. Depois de nossa primeira discussão como um
casal, meses atrás, eu não tinha palavras para glosar nosso relacionamento. Meu
coração vivia em uma constante montanha russa de emoções. Eu estaria mentindo
se eu dissesse que eu tinha voltado a confiar cem por cento nele; mas também
estaria sendo falaz, se eu manifestasse que desconfiava plenamente, justamente
por entender que a culpa pelo ocorrido também era minha.
Na
minha ânsia de retratar Edward como o namorado perfeito, e não querer acreditar
que ele poderia fazer coisas que não fossem de encontro com minhas convicções
do que é certo e errado na vida, fizerem com que creditasse nele um papel de
“bom moço” que obviamente ele não era. Por plena falta de experiência em
relacionamentos, eu tinha me deixado criar uma bolha ilusória de amor, como se
eu estivesse vivendo um conto de fadas, iguais ao que minha mãe lia para mim
antes de dormir. O fato era que; eu não era um a princesa e definitivamente,
por mais que Edward tivesse a aparência e a fortuna de um, ele também não era
um príncipe da armadura brilhante. Ele não era o herói, ele era o “bad guy”.
E
constatar isso de forma fria, estava causando estranhos sentimentos em mim.
Eu
não tinha duvidas de que o amava com todas as forças do meu ser. Eu não tinha
dúvidas de que se um dia ele saísse de minha vida, eu jamais poderia amar
alguém de forma tão intensa e verdadeira. Edward tinha me estragado para
qualquer outro homem no mundo.
Mas
eu estava com medo. Estava sentindo uma pusilanimidade que nunca havia sentido
nos poucos mais dois anos que estávamos jutos, quase três. Por ser uma aluna
dedicada e primeira da classe, eu estava em um estado muito avançado do meu
curso, em menos de dois meses eu me formaria e isso seria um ano antes do que era
previsto, causando em mim uma insegurança que não era o habitual de minha
personalidade em vez de me sentir eufórica pelo feito conquistado. Eu queria
poder jogar a culpa no fato de que eu adorava o ambiente universitário, ou que
eu não me sentia preparada para enfrentar o mercado de trabalho. Mas todas as
desculpas soariam patéticas quando na verdade meu receio se dava simplesmente
pelo fato de eu não conseguia confiar em Edward sozinho na universidade.
E eu
me odiava por isso. E odiava que muitas de nossas constantes discussões estavam
sendo por conta da minha recente mudança de personalidade. Algo dentro de mim,
que eu acreditava ser meu coração, dizia-me constantemente que Edward jamais
iria me trair, ou que ele jamais me enganaria com palavras novamente, e suas
constantes demonstrações disso, me mostravam que era verdade. Depois do envio
das malditas fotos, não teve um dia que Edward não me dizia onde estava e com
quem estava, e mesmo que escutar a verdade me deixasse nervosa ou com ciúmes,
como por exemplo; saber que ele estava se encontrando com alguma vagabunda
bêbada em uma festa para resolver problemas “de envolvimento com o reitor”, ou
quando ele passava a madrugada fora, resolvendo problemas com jogos e dinheiro,
mesmo que sabendo essas coisas iriam me deixar triste ou com raiva ele me
contava.
Mas a
outra pequena voz dentro de mim, que posso tentar identificar como a razão,
mesmo que eu tenha desconfiança de que ela seja o ciúmes exacerbado que
floresceu na minha essência, essa voz alertava-me cada vez mais ao que acontecia
ao nosso redor, mas especificamente ao meu redor. Eu passei a enxergar coisas que antes não
notava, ou simplesmente não queria notar; Os olhares raivosos que eu recebia
constantemente de muitas mulheres e até alguns homens; os sorrisos que até
então eu pensava que eram gentis em minha direção, se tornaram amargos,
amarelos e sarcásticos. A impressão que eu tinha, e me incomodava de forma
constante, era como se todos soubessem de um grande segredo, e a única que o
desconhecia era eu, e quando apenas uma vez questionei Edward sobre isso, ele
foi evasivo, dizendo que era apenas coisa da minha cabeça, que nada estava
acontecendo, que as pessoas sempre nos olharam dessa forma, e que justamente
por isso é que ele não queria que eu tomasse conhecimento do seu mundo, que eu
era boa demais para enxergar o mal nas pessoas.
Com o
passar do tempo, até para poder me encontrar com a antiga Bella e não me deixar
se influenciar pelos gestos e atitudes de outras pessoas, eu me afastei
daqueles que eu considerava não acrescentar nada na minha vida, ou seja;
noventa por cento da universidade. Eu
não tinha mais qualquer tipo de relacionamento com as garotas da fraternidade,
não conversava mais com Tanya, Lauren ou Victória. James se tornou ainda mais
um desconhecido para mim, e Emmett com a vida que estava levando era mais fácil
não me reconhecer. O pobre rapaz era uma sombra do cara que um dia eu havia
conhecido, para grande tristeza de Rose, que mesmo estando em um relacionamento
sério com Jake, ainda tinha sentimentos pelo, ainda, grande amigo de Edward.
Talvez, e isso era um alerta constante de Rosalie, esse meu afastamento, ou
minha tentativa malograda de recriar aquela bolha em que eu vivia, era o maior
erro que eu estava cometendo comigo mesma, porque não só a “bolha” era
ilusória, como ela sombreava o que acontecia ao meu redor, deixando-me segundo
ela, ainda mais vulnerável.
Mas
eu simplesmente não conseguia ter força de vontade de mudar isso, ou talvez o
novo “medo” que eu sentia não me deixava agir com sabedoria.
Deixando
de fora esses fatos que atrapalhavam um pouco nosso relacionamento, eu não
poderia estar mais feliz. Esme e Carlisle tornaram-se constantes em nossas
vidas, e desde que souberam que Edward havia proposto, estavam fazendo de tudo,
para que me conhecerem ainda mais, criando até situações inusitarias; como por
exemplo um acesso de ciúmes de Edward em relação ao pai, que segundo ele,
consumia demais meu tempo nessas visitas.
Minha mãe, praticamente endeusava Edward, eu seriamente desconfiava que
ela estava vivendo seus sonhos literários Harlequim através do meu relacionamento; uma estória
onde o Magnata grego se apaixonava pela estudante bolsista e pobre. Charlie depois do choque inicial, estava feliz por
poder respirar de aliviado por não ter que financiar mais alguma coisa de sua
filha.
Enfim,
tudo caminhava bem, desde que eu concordasse em enxergar pelas frestas.
- Sua
sogra mandou-lhe um beijo e mandou dizer que está com saudades e que quando
você visitá-la de novo, vai preparar seu prato favorito – provoquei vendo-o
gemer, somente de lembrar de sua receita de batata cremosa gratinada.
-
Humm.... vamos para lá esse final de semana mesmo – murmurou, puxando-me em
cima do seu corpo, de modo que eu ficasse sentada em cima de sua ereção
matinal, fazendo-me gemer.
Nós
tínhamos nos amado á noite toda, e nunca erro o suficiente.
- Tem
alguém com fome ... – gemeu Edward, apertando minha cintura, levantando-me
suavemente, para que se encaixasse em mim – Você anda tão gulosa Bella.... –
provocou entrando em mim em uma única estocada.
-
Ohh.... Deus... Edward... – gemi, jogando a cabeça para trás. Eu sabia que
estava mais sedente por ele do que o normal, eu tinha uma leve noção do motivo
pelo qual meu apetite por seu corpo tinha aumentando, e por alimento havia diminuído.
Eu
estava grávida. Os dois meses sem fluxo menstrual indicavam isso, e essa tarde
eu faria o exame apenas para ter certeza e incrivelmente isso não me deixou
apavorada, e sim, se possível, ainda mais apaixonada por ele.
Apesar
de tudo, eu não tinha duvidas de Edward seria um pai maravilhoso.
- O
que está acontecendo com você baby? Porra está tão molhada, tão apertada.. –
ele gemia rebolando abaixo de mim, dando-me um tapa forte na bunda, fazendo com
que eu gemesse ainda mais alto e aumentasse o ritmo das minhas investidas
contra sua virilha – Você adora levar uma carimbada nesse bunda gostosa heim? E
só levar umas palmadas que fica uma gata selvagem...
-
Edward... por favor.... preciso de mais – gemi, buscando sua boca... – me dê
mais... – repeti, quando ele girou nossos corpos em um movimento rápido e
começou a estocar freneticamente, quase em desespero.
-
Ahh... Porra!... o que está acontecendo... Bella.... eu sinto você por inteiro.. cada parte do seu
corpo.. me apertando, me consumindo... diz baby! .. diz quem é o sue homem –
ele pedia buscando meus olhos, nunca parando suas investidas- Fala!
-
Você...Edward.. sempre você... sempre.. – eu respondi entre sussurros,
de-repente com lágrimas nos olhos e tremendo violentamente diante da intensidade
do que estava acontecendo – Eu te amo... sempre vou te amar...
-
Minha mulher!... – ele sussurrou reduzindo a velocidade de suas investidas,
acariciando minha face e corpo com as mãos, como se fosse um cego tentando
decorar o corpo á sua frente – Eu te amo tanto... – ele sussurrou com a mão
apoiada suavemente em cima do meu ventre, e o simples gesto de como se ele
tivesse falando isso para quem sabe o fruto de nosso amor que eu estava
carregando em meu ventre, foi o que bastou para que eu me debulhasse em
lágrimas. – Shh... baby.. Bella o que foi? – pediu aflito, parando qualquer
movimento, assustado com minha reação.
- Por
favor .. não pare..Edward... não pare... me ame..por favor!.. – supliquei
fungando. Eu sentia um aperto no coração e uma necessidade absurda de que ele
apenas me amasse.
- O
que foi... Bella... – ele gemeu... quando eu comecei a circular meu quadril,
reiniciando assim suas investidas, agora mais suavemente.. – Vem .. goza
comigo...- pediu acariciando meu clitóris, fazendo-me entregar ao prazer ainda
mais quando o senti derramar dentro de mim – Deus!.... o que foi isso Bella? –
perguntou, depois de um tempo, saindo de dentro de mim, e buscando meus olhos,
deitado ao meu lado.
- Não
sei.. eu só... só.. Eu te amo Edward – respondi, não querendo alertar que
provavelmente ele estaria convivendo com minhas mudanças de humor, devido aos
hormônios da gravidez. Se fosse realmente verdade, eu queria preparar uma
grande surpresa.
-
Hey.. Eu também amo você! – ele respondeu acariciando minha bochecha – mesmo
que as vezes você seja uma pedra no meu sapato Swan – provocou, tirando um
sorriso dos meus lábios.
- Não
é você que tem que conviver com sua bunda gorda e arrogante Cullen! – devolvi
mais aliviada.
-
Não? – retrucou, fazendo-me revirar os olhos. Era óbvio que ele via sua bunda
branca todos os dias no espelho – Você sabe.. eu deixo você se aproveitar da
minha bunda gorda e arrogante sempre que quiser – piscou provocando e se
levantando balançando ela em minha direção.
-
Idiota! – resmunguei, mordendo a bochecha para não rir, enquanto ele caminhava
para o banheiro.
- SEU
IDIOTA DE MERDA BABY! - gritou do
banheiro, fazendo-me gargalhar no travesseiro.
Como
eu amava esse homem.!
. . . . . . . . .
-
Você tem certeza que não quer que eu peça para Rose ir com você? – pediu mais
uma vez, enquanto eu jogava a mochila dentro do carro – Eu tenho minha última
prova e preciso ir até a Porcellian conversar um assunto sério com Emmett, se
não eu iria com você – disse com pesar.
- O
que Emmett aprontou dessa vez? – perguntei confusa e um tanto irritada. Eu
odiava quando Edward ia se encontrar com ele ou ficar próximo a qualquer pessoa
daquela fraternidade de drogados.
- Ele
se envolveu em uma briga ontem de madrugada. James telefonou e disse que a
coisa foi bem feia, eu preciso fazer alguma coisa, eu acho... eu acho que
Emmett realmente precisa de ajuda profissional. – lamentou.
-
Você acha? – respondi com sarcasmo – Emmett precisa de ajuda desde o dia que
começou.
-
Hey! – chamou segurando meu queixo – Não precisa ficar irritada, eu irei
conversar com ele e virei embora. Eu o chamaria até o nosso apartamento se isso
não te deixasse aborrecida – comentou fazendo menção ao fato de que eu tinha
pedido que nenhum deles frequentasse o nosso canto. Eu não queria perder o
último resquício de nossa bolha.
- Por
favor.. não se envolva mais do que o necessário Edward.. eu.. eu não confio
neles. – pedi, sentindo novamente o medo do desconhecido.
- Eu
não vou abandoná-lo Bella, ele é meu amigo – disse irritado.
- Eu
não estou pedindo isso – retruquei – Eu só não quero que você fique na presença
de James e aquelas vadias mais do que o necessário! – respondi me alterando.
- Que
porra de ciúmes é esse Isabella?
-
Faça o que acha que tem eu fazer Edward! – disse irritada, sem responder sua
pergunta. Eu estava ansiosa demais, e não iria deixar qualquer coisa mudar
isso, mais tarde com os exames em mãos eu teria certeza de que nossas vidas
iriam mudar, e que Edward teria alguém mais importante para cuidar do que seu
amigo mimado de rico que se drogava por ser um idiota. – Mas tarde estou de
volta! – avisei, beijando seus lábios, vendo-o me encarar com os olhos
cerrados.
- Mas
tarde nós vamos conversar okay? – pediu mais calmo, beijando meus lábios – Não
demore no supermercado e não esqueça meus potes de sorvete – brincou sorrindo
tímido.
-
Pode deixar se chocólatra – provoquei mais uma vez entrando no carro, e indo em
direção ao médico. Edward não iria se importar de não ter o seu gelado de
chocolate belga quando soubesse da noticia.
. . .
. . . .
-
Você está grávida dona Isabella, meus parabéns
- anunciava a médica, entregando-me os resultados do exame de sangue,
fazendo com que automaticamente uma cascata de lágrimas desliza-se por meus
olhos, nublando minha visão, salgasse meu sorriso e banhasse minhas bochechas.
Grávida!
Não era mais um sonho, ou especulação. Eu estava grávida. Dentro de mim estava
gerado o fruto do intenso amor entre mim e Edward, e eu não poderia estar mais
feliz.
-
Obrigado.. – respondi, explodindo de felicidade – Eu.. eu preciso ir... –
sussurrei, pegando minha bolsa e os papeis. Eu não podia mais esperar para
contar a novidade.
-
Você não quer conversar sobre seu acompanhamento e pré-natal? – perguntou a
doutora confusa com minha reação.
-
Sim.. claro que sim.. Mas eu preciso contar para Edward... eu.. eu volto com
ele – respondi ainda sorrindo – Eu volto! – repeti, saindo correndo pela porta.
“Voltando
para a casa, preciso tanto de você.. onde está?” – digitei uma mensagem para
Edward assim que entrei no carro.
“Estou
no apartamento, venha direto para cá amor...” – foi sua resposta alguns minutos
depois, fazendo-me franzir o cenho, com suas palavras. Desde quando Edward
chamava nosso ninho de “apartamento”? pensei perdida por instantes, mas feliz e
extasiada demais, para analisar o que aquilo poderia significar.
Com a
felicidade consumindo todos meus pensamentos, segui em rumo ao supermercado,
lembrando que quando Edward ficava muito nervoso ou irritado, o chocolate era
uma boa maneira de acalmar seus nervos, e diante da notícia que ele estava
prestes á receber, não faria mal algum me precaver de alguma maneira. – Seu
papai ama um sorvete de chocolate bebê, acho que hoje é melhor comprarmos três
potes – comentei feliz, acariciando meu ventre, enquanto estacionava – Humm...
acho que vou aproveitar e comprar algumas coisas para a mim também.. – comentei
sentindo os primeiros indícios de desejos - Você gosta de batata chips bebê?..
Mamãe está até com água na boca! – murmurei, engolindo a saliva de vontade de
sentir o sal na boca. Ao que parecia eu teria uma gestação bem restrita a
porcarias – Depois a médica cuida disso! – dei de ombros, pegando minha bolsa –
Vamos comprar algumas guloseimas bebê! – sorri novamente com minha mão no
ventre.
. . .
. . . . . .
– Edward você está aqui? – perguntei entrando
em nosso apartamento, colocando as chaves em cima do balcão, deixando á porta
aberta para que o porteiro entrasse com as compras – Edward? – chamei mais uma
vez caminhando pelo apartamento já mal iluminado pela tarde que se encerrava,
já que eu tinha demorado mais do que o habitual no supermercado, buscando
ingredientes para fazer um jantar especial para nós dois e comprando um par de
sapatinhos para fazer uma supresa.
- Mas o que é isso? – perguntei para mim mesma
quando notei várias roupas e garrafas de bebidas jogadas pelo corredor. Se Edward tivesse trazido Emmett para casa
estragando nossa noite, eu iria enfurecer.
– Amor? Cadê você? – perguntei mais uma vez
entrando pelo corredor do nosso quarto, jogando a minha bolsa na mesinha,
quando gemidos e sussurros começaram a se tornar audíveis parando-me de forma abrupta em frente á nossa
porta.
– Isso Ed.. mete.. Ahhh mete fundo .. Me fode
gostoso... – gemia uma voz feminina.
– Isso .. Rebola no meu pau... sua gostosa... -
respondia alto, a voz de Edward.
– Ahhhh Edward...diz... diz quem te dá dando prazer...
– Foda-se!.. Tanya... você vadia.. Só você faz eu me sentir assim...
Ahhh Caralho que gostosa...
Como se um forte golpe fosse dado, andei para
trás, apoiando-me na parede atrás de mim, segurando com ambas as mãos os
soluços que rasgavam por minha garganta e ameaçavam escapar por entre meus
lábios.
Meu
corpo todo tremia. As lágrimas me cegavam.
Meu Edward. O meu amor. O meu Amigo. O Pai da criança em meu ventre. Estava me
traindo com Tanya Denalli, a pessoa que um dia considerei minha amiga, e
a qual ele
disse que nunca havia tido qualquer tipo de relacionamento.
Mentiroso. Canalha.
O desespero e o ódio travavam uma luta em meu
coração. Eu queria entrar naquele quarto e mostrar para Edward que a farsa
tinha terminado. Eu queria entrar naquele quarto e gritar na cara de Edward que
ele era um monstro cretino e sem coração, que havia brincado da forma mais vil
com os meus sentimentos.
Mas eu não faria isso. Porque essa era a
atitude que uma pessoa como Tanya estaria esperando para poder me humilhar.
E eu não daria esse prazer a ambos. Eles não
veriam minha queda.
Buscando forças de onde não tinha, olhei para minha mão.... a aliança de noivado, o símbolo do pedido de
casamento que havia sido colocado ali alguns meses... reluzia. O símbolo
magnânime de uma mentira cruel; uma piada suja criada por pessoas que amavam o
poder, sem se importar com sentimentos alheios. O símbolo que brilhava contra a
luz fraca da rua e gritava em minha face. “ Sua Idiota!” “Sua burra”!
“Pessoas como ele, não amam pessoas como você”
“Você não pertence ao seu mundo”
Eram as vozes das pessoas que durante meses me insultaram pelos caminhos
de Harvard, ressurgindo em minha mente. Tantas acusações que eu havia omitido
de Edward, e que no fundo eram a mais pura verdade.
Com as mãos tremendo, arranquei o símbolo da
mentira, do meu dedo e coloquei em cima da mesinha no lugar de minha bolsa,
saindo em trôpegos passos em direção a saída do que um dia eu chamei de “nosso
ninho de amor”, mas que no fundo, era um antro de mentiras... um maldito
castelo de areia. E com apenas um único pensamento em mente;
Uma nova Isabella surgia, uma mulher que
carrega dentro do seu corpo a única razão que teria para amar e essa ensinaria
a Edward Cullen e Tanya Denalli o significado da palavra ..... Vingança!
Na vingança e
no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.
Friedrich Nietzsche
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentem Girl´s..Boys...
Obrigado por estar aqui!
Beijos c/ carinho Lyyssa♥♥♥