Capítulo 035/02-
QUEDA LIVRE.
Edward – POV
- “....Em 2012 Edward Cullen foi
alvo de investigação de uma operação do FBI que recebeu o nome Toque
de Midas. O inquérito foi encerrado sem levantar nenhuma prova
conclusiva.” - terminou Emmett jogando o The
New York Times em minha mesa.
Não era a primeira vez que meu nome estampava as
primeiras páginas dos jornais. Era uma situação corriqueira, habitual que não
causavam nenhuma reação á mim.
- Uma investigação á menos – murmurei, girando
minha cadeira de volta em sua atenção. – Quem foi dessa vez? – perguntei
querendo saber qual o nome do juiz que tínhamos em nosso bolso.
- Paul Lahote . Ele foi indicado por Alice, foi seu
mentor na universidade – explicou.
- Onde ele está? – perguntei curioso
- Em sua nova lancha nas Ilhas Gregas com sua
amante – comentou cínico – ele ficou muito agradecido pelo seu presentinho –
completou fazendo-me sorrir. O dinheiro trazia muitos prazeres, mas o poder que
vinha com ele, era o que mais me satisfazia – Você está preparado para a reunião?
- Você vai assumir essa reunião Emmett, tenho um
compromisso com Alice – respondi olhando para o relógio em meu pulso, notando
surpreso que já estava atrasado cinco minutos – Eu não quero Tanya e James
participando dessa reunião, se encontre com os empresários em outro local, pode
usar o bar do hotel onde estão hospedados, eles servem o melhor jantar e depois
os leve para a boate, tenho certeza que as meninas do RoleModel serão o toque
final para a assinatura do contrato – sugeri, recolhendo meu terno.
- Você e Alice? Será que finalmente a rainha do
gelo conseguiu fisgar você? Quando isso aconteceu? – pediu espantado,
fazendo-me revirar os olhos diante de sua cara sugestiva.
-Não seja imbecil! Eu não tenho nada com Alice, ela
seria a última mulher que eu me relacionaria.
- Tem certeza?
- Não comece Emmett – alertei. Eu me encontrava em
uma linha muito fina nesse momento, não tinha tempo para seus comentários e
questionamentos infundados.
- Já faz três anos Edward –
começou - até quando vai continuar com isso? – questionou, ignorando minha
advertência. Emmett ainda era meu melhor amigo, a única pessoa dentro do meu
ciclo que tocava no nome de Isabella e nossa situação sem que tivesse um desejo
de morte.
- Até quando eu descobrir o
que aconteceu há três anos. Até eu saber e acreditar que tudo o que eu vivi não
passou de uma mentira – rosnei, caminhando em sua direção, fazendo-o levantar
em atenção – Eu vivi aquele relacionamento Emmett, eu, e somente eu, sei das
promessas envolvidas nele. Você sabe que eu tenho o controle sobre minha vida,
que estou sempre a dois passos á frente de qualquer pessoa e situação, o que
aconteceu comigo e Isabella tem uma explicação e mais do que saber isso eu
sinto, e enquanto eu não escutar dos seus próprios lábios que tudo o que
vivemos foi uma fantasia, uma mentira, eu não vou me dar por satisfeito, e se
isso acontecer, se ela me confessar essa situação, somente nesse momento eu vou
seguir em frente, caso contrário ás coisas continuam da mesma forma.
- Você não pode viver o
passado, precisa seguir em frente, precisa esquecer. Precisa se relacionar com
alguma mulher e parar de se prender em memórias que não vão voltar – continuou
– você a procura por três anos e nada conseguiu; você tem que pensar na
possibilidade de que ela se ainda estiver viva, esteja se escondendo de você!
- Isabella está viva! –
gritei, socando a mesa e ficando frente á sua face – é obvio que ela está se
escondendo de mim idiota! E está fazendo um esforço monumental para isso, eu
conheço Isabella, ela pode ser inteligente e esperta, mas é feroz como um gatinho
na gaiola, ela não tinha recursos financeiros para desaparecer dessa maneira,
ela não possuía nem um passaporte Emmett! Como você acha que ela iria conseguir
vanescer dessa forma?
- Edward...
- NÃO! – esbravejei mais
uma vez – Eu fiquei cego por tanto tempo – exasperei, andando pela sala,
passando ás mãos entre os cabelos - eu
fiquei aqui á noite toda, analisando novamente todos os dossiês de Jenks –
suspirei - alguma coisa não confere
Emmett, eu ainda não posso colocar um dedo no que é, mas tenho certeza de que
alguma coisa está fora... Alguém ajudou Bella, alguém financiou seu sumiço e
aposto minha fortuna de que as coisas estavam em frente aos meus olhos o tempo
todo; eu vou descobrir, nem que seja a última coisa que faço em minha vida e
quando eu descobrir a verdade, não haverá nada e ninguém que me impeça de
cuidar de tudo com minas próprias mãos. – avisei apontando um dedo em sua
direção.
Eu confiava em Emmett, não
podia negar que quando Isabella havia partido, eu desconfiei de sua lealdade,
bem como á de todos que me rodeavam, mas com o tempo e sua ausência para a
reabilitação, fizeram com que esse sentimento se desvanecesse, mas os
acontecimentos do ultimo dias, as pequenas pistas espaçadas que surgiram,
fizeram que a incerteza surgisse novamente. Todos meus sentidos estavam em
alerta, exatamente como ficavam quando eu assumia um novo projeto bilionário,
só que com muito mais intensidade como sempre foi quando ela estava em
evidência. Todos meus instintos estavam aguçados, instigando-me a seguir por um
caminho desconhecido e sem o conhecimento de ninguém e isso era exatamente o
que eu iria fazer.
E não iria falhar. Eu não podia mais falhar.
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- Esse é o Pub? – perguntei
á Alice, assim que estacionamos em frente ao local de aparência discreta.
- Sim.. é aqui que todos os
advogados, alguns juízes se encontram depois de alguma audiência, é como um
ponto de encontro para que possamos discutir sobre os casos em que estamos
trabalhando. Nem preciso avisar que seu nome é muito comentado aqui e assim que
você entrar por aquela porta provavelmente criará uma certa comoção certo?
- Corro o risco de ser
preso? – provoquei.
- Puff ... você vai com
certeza receber mais currículos e cartões de visita do que está acostumado,
muitos matariam para trabalhar para você Edward e estar no meu lugar – zombou.
- E você? – perguntei
sombrio, encontrando seu olhar.
- Eu o que?
- Mataria para continuar
trabalhando pra mim? – perguntei diretamente, tendo o prazer de ver seus olhos
arregalarem.
- Eu... eu...
- Exijo lealdade Alice –
cortei.
- Eu nunca trairia você
Edward – declarou confusa.
- Então seu teste começa
hoje. Eu não preciso que você mate alguém, nunca precisei chegar a esse extremo
e mesmo que necessitasse eu tenho outras pessoas em mente – alertei – Mas
fidelidade é tudo no meu mundo, tudo o que acontecer hoje e daqui para frente
não deve ser comentado com ninguém em hipótese alguma, espero que você tenha
isso em mente.
- Eu entendo – murmurou
confusa –Eu posso perguntar o que estamos fazendo aqui, porque você quer
conhecer Jasper?
- A única coisa que você
precisa saber é que desconfio que seu Jasper tenha algo que eu quero.... eu não
gosto de que tomem coisas que me pertencem – rosnei, imaginando se de alguma
forma esse homem tinha algum tipo de relação com Isabella.
Eu iria matá-lo!
- Sim.. claro – engoliu
seco
– Acho que devemos entrar – avisei, notando
algumas pessoas olharem em nossa direção, colocando meus óculos escuros.
- Não é todo dia que uma
limosine estaciona em frente ao Fuller Edward – murmurou, revirando os olhos.
- Que seja! – esnobei dando
de ombros. Eu realmente deveria estar aqui com algo menos chamativo, mas com os
pensamentos por toda á parte, a ideia nem havia passado por minha cabeça até o
momento.
- Você poderia ao menos
entrar lá sem os seus quinze seguranças? – pediu um tanto irritada.
- Eles não irão entrar –
revirei os olhos - Ephraim vai ficar
conosco os demais estão protegendo o quarteirão, o que pensa que sou? –
perguntei ofendido.
- Nada..Edward... não penso
nada – murmurou saindo do carro, fazendo com que a seguisse.
- Hey Brady! – cumprimentou
Alice, o homem forte atrás do balcão.
- Alice.. quando prazer
querida! O que posso fazer por você hoje? – sorriu em sua direção, enquanto
passava um pano no balcão.
- Eu estava pensando, se
você poderia arranjar uma mesa para mim e meu amigo aqui, de preferência perto
do palco, Jasper toca hoje certo? – perguntou animada, fazendo-me revirar os
olhos por trás dos óculos.
- Humm.. todas as mesas
daquele canto já estão reservadas, mas posso arrumar uma lá trás – apontou para
um canto mais distante.
- Não pode ser aquela? –
perguntei, entrando na conversa, apontando uma mesa que ficava de frente ao
palco, em um canto escondido com pouca luz.
- Nahhh... cara! Aquele
canto é cadeira cativa dos convidados de Jasper.. sinto muito – deu de ombros.
- Eu quero aquela mesa –
insisti jogando vários dólares em cima do balcão – Nós podemos resolver isso de
duas maneiras, ou você me vende a mesa por dois mil dólares ou compro todo esse
bar maldito em apenas uma chamada telefônica – ameacei irritado. A música
começava a tocar e minha paciência estava chegando ao limite.
- Quem você pensa que é? –
esbravejou, inclinando seu corpo em minha direção.
- Alguém que você não quer
enfrentar, acredite em mim – encarei de volta.
- Brady... por favor.. use
esse dinheiro para o tratamento de Jared... – apelou Alice – nós não vamos
demorar aqui, eu prometo.
- Você tem uma hora –
avisou, encarando-me e guardando o dinheiro em seu bolso – Você precisa
escolher melhor suas companhias menina -
murmurou para Alice virando de costas – Hey Alcapone! – chamou, quando eu já
estava a alguns metros de distância – as bebidas são á parte! – avisou, tirando
um sorriso do meu rosto.
- Será que você pode ser
mais discreto e menos arrogante? Estamos tentando não chamar muito atenção aqui
! – pediu bufando, quando sentamos á mesa.
- Não estou acostumado a
ter que implorar por algo que quero – dei de ombros – eu queria essa mesa,
simples assim.
- O mundo não funciona
dessa maneira Edward – retrucou.
- Não o meu! – devolvi –
aquele é Jasper? – perguntei, inclinando a cabeça em direção a um homem loiro e
tatuado que afinava um vilão.
- Sim ..é ele – suspirou ao
meu lado.
- Ela não pode ter me
trocado por isso! – murmurei sentindo meu estomago gelar. Esse tal Jasper não
tinha nada a ver com Bella.
- Ela? Quem é ela? –
perguntou enciumada.
- O que sabe sobre ele? –
pedi ignorando sua pergunta – Eu quero tudo Alice.
- Não sei muito... Jasper
está aqui há cinco anos, no começo tocava aqui apenas para conseguir uma grana
extra até que o filho de Brady nasceu com problemas e ele precisou de dinheiro.
Jasper ofereceu sociedade e está aqui todos os dias desde então.
- Amigos? Familiares?
Casado?– continuei, desviando o olhar em sua direção.
- Hummm ... não... ele não
é casado, isso foi uma das primeiras coisas que perguntei sobre ele, nós apenas
conversamos algumas vezes e o que sei é que seus pais morreram, era o único
herdeiro de uma rede de fazendas, mas vendeu tudo para seguir a carreira como
músico. Quando chegou a Nova York não tinha amigos, ele é muito recluso, não
acredito que isso tenha mudado muito.
- Quero mais Alice! Esse
cara não é recluso! Ele deve ter se envolvido com alguém todos esses anos,
quando tempo você frequenta esse lugar? – questionei, tentando de forma
desesperadora conseguir pistas e peças para o quebra-cabeça que tinha se
tornado minha vida.
- Eu venho aqui há pouco
mais de dois anos. Mas não frequento mais como antes, ele se tornou um pouco
desagradável para mim – comentou torcendo o nariz.
- Como assim? E algo com
Jasper?
- Sim... bem.. você sabe
que eu tenho essa raiva sobre o que aconteceu comigo em Oxford – riu
amargamente – aquela garota acabou com minha vida Edward. Meus pais sempre me
cobraram demais e ficar em segundo lugar, teve o efeito mais devastador do que
se eu tivesse sido expulsa da universidade – lamentou.
- Como? O que isso tem a
ver com ele? – perguntei confuso e irritado. Eu queria respostas e a cada
instante a sensação era de que as coisas se complicavam ainda mais – Seu rival na universidade era uma garota?
- Sim... um dia eu estava
aqui, esperando para que pudéssemos nos conhecer mais um pouco quando ela
entrou – disse irritada, como eu nunca tinha visto antes – Mas uma vez ela
cruzou minha vida e todos os holofotes se iluminaram. Jasper nem notou minha
presença e correu em sua direção como se ela fosse a ultima gota de água no
deserto. Mais de um ano que eu não a via e ela continuou em meu caminho,
levando tudo que eu almejava longe de mim.
- Quem é essa garota
Alice... ela estava sozinha? Qual seu nome? – perguntei aflito, com minha
cabeça latejando absurdamente.
- Isabella Dwyer, a mesma garota que entrou em Oxford e roubou meu
lugar – revelou, fazendo com que automaticamente meu coração disparasse no
peito e minhas mãos suassem.
Não podia ser! O que estava
acontecendo? Isabella Dwyer, era a minha Isabella?
- Alice... você.. tem uma foto
dessa Isabella? - perguntei com a voz
grave, a garganta seca.
- Não.. claro que não.. mas deve
ter no anuário de Oxford... o que está acontecendo Edward? – perguntou aflita
com minha reação, enquanto eu discava freneticamente em meu celular.
- Sam! É o Cullen! Quero que
invada o sistema de Oxford e busque qualquer informação sobre a aluna Isabella
Dwyer, transmita os dados no meu celular, você tem cinco minutos – ordenei
desligando.
- Edward.. o que você quer com
Isabella? Primeiro Jasper depois ela... que diabos está acontecendo aqui?
- Estou prestes a descobrir
Alice... e se minha intuição estiver correta, acho que seu amigo Withlock tem
algumas explicações a me dar – rosnei.
- Eu não te disse o
sobrenome dele... Como sabe o sobrenome dele? – perguntou de olhos arregalados
– Você vai mandar matá-lo?
- Não acredito que seja o
único da lista – murmurei, pegando um copo de whisky do barmen que passava,
tomando-o de uma vez – eu preciso de respostas – suspirei tenso, passando a mão
pelo rosto quando duas coisas aconteceram simultaneamente.
O telefone ao meu lado tocou,
informando o recebimento de um arquivo que em anexo continha a foto da mulher
que eu procurei exaustivamente por mais de três anos e no palco Jasper
Withclock abraçava animadamente Rosalie Hale e Jacob Black.
“Com o engodo
de uma mentira, pesca-se uma carpa de verdade.”
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