quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 037/02


Capítulo 037/02- SEGREDOS REVELADOS.

Edward– POV

Meu corpo tremia. Eu podia sentir meu sangue arrefecer e correr por minhas veias deixando-me entorpecido. Era possível que o bater frenético do meu coração pudesse ser escutado mesmo acima do farfalhar de vozes que lotavam o ambiente do pequeno PUB.

Minha mente confusa, repleta de incertezas e indagações encarava através dos meus olhos cerrados as figuras assustadas de Rosalie Hale, Jacob Black e o músico desconhecido que me encarava de volta com um olhar reconhecedor. Mas foi a presença inesperada de J.Jenks aproximando-se desse mesmo grupo com um sorriso nos lábios, que me deixou completamente estarrecido de ódio.

Eu podida sentir o cheiro da mentira tomar conta do lugar. Eu podia sentir o medo nos olhos de todos, eu poderia ver a nuvem de culpa pairar sobre seus corpos; eu podia sentir o medo exalando em ondas do corpo de Jenks.

- Você conhece aquelas pessoas Edward? Porque Jenks está ali com elas e está olhando para você com o se acabasse de ver o diabo? – perguntou Alice notando meu corpo tremer.

- Porque ele está vendo o próprio diabo Alice – respondi seco, puxando o celular do bolso – Ephraim coordene o bloqueio todas as portas... eu preciso de você aqui! – comandei, sem aguardar resposta, notando uma movimentação rápida do lado de fora e em seguida seu corpo ao meu lado.

- Qual o problema Cullen? – pediu eficiente.

- Quero que você traga Jenks para meu apartamento – ordenei , sem nunca tirar os olhos do grupo a poucos metros á minha frente – sem perguntas, sem hesitação. Se for preciso restrinja seus movimentos - sugeri – estarei aguardando. Alice descubra tudo sobre Withlock, Rosalie Hale e Jacob Black – ordenei girando meu corpo e caminhando a passos pesados em direção a saída, enquanto The Rock se dirigia ao grupo.

- Por quê? Quem são essas outras pessoas? Edward! Espere! – chamou notando que eu não parava de caminhar – Eu não tenho tempo hábil para isso, preciso coletar dados sobre seu processo ainda hoje- argumentou.

- Esqueça a merda desse processo Alice – rosnei – na entrada da limosine – eu quero essas informações hoje á noite em minhas mãos, se acha que é impossível não perca seu tempo pensando que ainda trabalha para mim – avisei entrando no carro, batendo a porta com força.

Eu queria respostas.
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O liquido âmbar queimava em minhas entranhas... descia por minha garganta no simples intuito de acalmar com sua ardência a fúria incontida em meu peito. Falhando miseravelmente – FODA-SE! – gritei, jogando o copo na parede, escutando seus estilhaços tintilarem pelo chão, juntando-se a outros pedaços que minutos antes  tiveram o mesmo destino.

Eu queria destruir tudo.

- Maldito... desgraçado! – esbravejei, derrubando tudo o que estava em minha mesa, na ânsia desesperada de conter uma explosão evidente do meu temperamento, nublando meus pensamentos racionais á medida que vozes alteradas e passos fortes se aproximavam de onde eu estava.

- QUE PORRA É ESSA EDWARD?-  gritou Jenks, surgindo em minha linha de visão, com o lábio superior machucado, a roupa salpicada de sangue, sendo arrastado por Ephraim  que o empurrava violentamente em uma cadeira.

- O desgraçado se debateu como uma gazela – rosnou o segurança dando de ombros; desculpando-se pela lesão no rosto, fazendo-me revirar os olhos.

- Como você fez Jenks? – perguntei sentindo uma calma assustadora dominar meu corpo, pegando um cigarro na mesa e dando uma tragada profunda. Poucas vezes eu me rendia ao antigo vicio que nos últimos três anos ajudaram a conter minha ansiedade, mas ao que parecia nada nesse momento poderia aplacar a fúria dentro de mim. – Eu perguntei como você fez porra! – rosnei caminhando novamente em sua direção.

- Do que você está falando? Eu não sei do que se trata! – mentiu dissimuladamente, olhando em sua volta, em busca de uma rota de fuga inexistente.

- Não teste minha paciência Jenks – respirei profundamente fechando os olhos – eu vou perguntar mais uma vez..... Como você fez? – perguntei inclinando em direção ao seu rosto, notando um sorriso sarcástico surgir em sua face.

-Continuo sem saber do que se trata. Você não é o dono do mundo Cullen, seja o que essa sua mente perturbada esteja inventando, eu sugiro que mande seu guarda tirar as patas de cima de mim e deixe-me sair. Você não vai gostar das consequências ou o quanto esse seu ato vai lhe custar – ameaçou.

- Você está realmente me ameaçando? – pedi incrédulo – Você quer jogar Jenks? – zombei, apagando o cigarro na mesa e circulando a cadeira onde estava sentado – eu posso ter sido um participante não ativo do seu jogo sórdido e doente, mas isso acabou, e os dados são todos meus agora. Eu tenho que admitir, que você foi um bom apostador, teve a mão da partida por muito tempo e eu mais que ninguém deveria saber que a confiança cega e os inimigos estão sempre em nossa linha de visão, blefando, mentindo, porque a própria ganancia de vencer o tempo todo se sobrepuja.

- Você sabe tudo sobre ganância Cullen – zombou, tentando se levantar, apenas para ter ser corpo fortemente empurrado pelo ombro mais uma vez por Ephraim  - Me solta porra! – se debateu.

- Tsc..tsc..tsc... Não tão cedo Jenks! Não antes de você me revelar toda a verdade que me ocultou durante esses três anos e sete meses – olhei em seus olhos -  Não antes de me contar porque falsificou mais de duzentos relatórios sobre o paradeiro de Isabella se desgraçado! E não se atreva a mentir para mim, porque mais uma palavra falsa dessa maldita boca, eu vou acabar com sua vida! – avisei, torcendo a gola de sua camisa o sacudindo.

- Você quer a verdade Cullen? Eu vou te dizer a verdade! Isabella sempre esteve debaixo dos seus olhos. Eu segui cada passo dela desde o primeiro momento em que você ordenou que eu a investigasse, como se ela fosse qualquer uma; uma garimpeira de fortuna como as vagabundas que você estava acostumado. Você nunca a mereceu; um arrogante, prepotente, que vive em um mundo sórdido nunca poderia por suas patas imundas em um ser tão puro e doce.  Isabella merecia muito mais, ela merecia uma pessoa decente como eu ao seu lado, e eu esperei Cullen,  esperei pacientemente uma chance de me aproximar, até o dia em que a encontrei perambulando em estado de choque pelas ruas de West Village porque o noivo calhorda a traiu, como eu sabia que faria, porque uma pessoa como você não sabe viver no mundo sem pisar em outras, sem tratar todos como lixo.

- QUE PORRA ESTÁ FALANDO? EU NUNCA TRAÍ BELLA SEU DESGRAÇADO! – gritei, chutando sua cadeira.

- Não é isso que ela viu Cullen e odeia você por isso – zombou – Eu não me importo com sua verdade, o fato é que Bella confia em mim, eu estava lá, eu á ajudei esse tempo todo, fui eu quem lhe deu uma nova identidade, uma nova vida, isso claro financiado por você e por seus amigos  - deu de ombros, ironicamente – sem o banco Cullen e Hale eu provavelmente não teria conseguido muita coisa, nem mesmo com o patético Black!

- Rosalie...Jacob? – murmurei, sentindo como se tivesse levado um soco no estômago.

- Surpreso? Eu preciso confessar que você se torna um imbecil quando deixa o poder assumir o seu discernimento, você ficou tão focado em tentar descobrir o motivo por trás do seu desaparecimento, que deixou o caminho livre para mim. Jacob, Rose estiveram constantemente ao lado dela, enquanto meu trabalho era desviar sua atenção exatamente para onde eu queria que estivesse. Você é patético! – riu – eu não sei o que minha Bella viu em você!

- DESGRAÇADO! – gritei atordoado, sentindo cada golpe de suas palavras.

- Qual é Edward? O temido Cullen não consegue aceitar que perdeu? – provocou, fazendo com que um gancho de direta do meu pulso acertasse em cheio seu rosto, fazendo com sua cadeira tombasse para trás.

- SEU FILHO DA PUTA! – gritou colocando a mão na boca ensanguentada.

- Isabella não é sua Jenks, nunca foi! Você criou uma rede de mentiras, você jogou conosco e ela vai te odiar por isso. Eu nunca a traí e quando eu provar isso, você será uma carta fora do baralho. Você pode ter me enganado, mas enganou a ela também – apontei em sua direção -  Nós dois não passamos de peões em seu jogo sórdido e de outras pessoas e isso acabou – rosnei cuspindo em seu rosto – eu cometi um erro, confiando cegamente em você, mas aquilo que não te derruba te fortalece, e se antes você temia meu poder Jenks, eu aviso que isso não é nada comparado com o que estou sentindo agora. Eu vou destruir você e cada pessoa que participou desse jogo sujo! – avisei.

- Isabella é minha mulher! Eu durmo com ela Cullen! É nos meus braços que ela geme durante á noite – provocou, libertando um ciúme cego em mim – Ela nunca vai acreditar em você, temos uma estória juntos.

- Me dê sua arma The Rock!  - pedi ao meu segurança, deixando ambos de olhos arregalados. Eu iria matar o filho da puta!

Ninguém tocava em minha mulher!

- Cullen...

- AGORA! – pedi mais uma vez com a voz fria e a mão estendida. Se Jenks não revelasse por bem toda a verdade, eu não teria piedade. De uma forma ou de outra eu descobriria tudo – Você tem uma única escolha aqui Jenks;  me fala toda a verdade  e poupa sua vida, ou terei a verdade de outra maneira e sua vida será a menor de minhas preocupações. O que você tem com Isabella? Onde ela está?– pedi mais uma vez, meu controle esvanecendo-se rapidamente – Ephraim! – chamei, em uma ordem muda para que ele segurasse seu corpo mais restritamente na cadeira, prendendo seus braços – Conte Jenks.. ou vou estourar seus miolos – ordenei, apontando a arma em seu templo. A fúria calma que possuía meu corpo, não se comparava com qualquer sentimento experimentado anteriormente – O QUE VOCÊ TEM COM ISABELLA PORRA! – gritei mais uma vez, batendo o punhal da arma em sua testa, abrindo o supercílio.

- SEU PUTO! – se debateu nos braços de The Rock - Eu não tenho nada com ela ainda... eu tenho tentado muito.. mas ..mas ela não aceita minhas investidas – confessou gemendo de dor..  

- Você a tocou?... – perguntei atirando na parede – EU PERGUNTEI SE A TOCOU PORRA! – exigi, pressionando o cano quente da arma em seu olho, queimando a pele.

- AHHHHHHHH... SEU DESGRAÇADO!! EU NÃO A TOQUEI .. EU NÃO A TOQUEI! – gritou alto, desesperado, tentando me chutar.

- Onde Isabella está? – pedi, minha raiva assumindo o controle – ONDE? – esbravejei atirando em seu joelho.

- SEU FILHO DA PUTA! VOCÊ A TIROU DE MIM! – gritou, fazendo com que eu desvencilhasse tapa em sua face, fazendo com que seu corpo tombasse com a cadeira.

- Você é um porco desgraçado! Mentiu para mim sucessivamente ao longo de três anos – rosnei, apertando sua face sangrenta em minha mão – eu vou matá-lo.

- Sua arrogância lhe precede Cullen – murmurou, cuspindo sangue - sua soberba lhe deixou cego.. Isabella sempre esteve debaixo dos seus olhos, bem debaixo do arranha céu em que você governa o mundo, sempre esteve aqui e nunca se se importou com você. Elas não precisam de você! – murmurava quase em estado de desmaio, deixando-me em pânico com sua declaração.

Porque Bella nunca havia me procurado?

- Elas?... elas quem seu filho da puta! – rosnei apontando a arma em seu templo mais uma vez e sacudindo seu corpo.

- Minhas meninas – sorriu grogue – Você.... você não pode matar o tio de sua filha Edward! – revelou, deixando-me trôpego, levantando-me cambaleante.

 - Filha.... minha filha?.... Não pode ser..... – murmurei chocado, sentindo um calafrio seguido por uma fúria negra se apoderar completamente do meu corpo. – SEU DESGRAÇADO! VOCÊ SABIA DISSO O TEMPO TODO! VOCÊ SABIA QUE EU PROCURAVA POR ISABELLA DESESPERADAMENTE E A ESCONDIA COM MINHA FILHA?..  – sorri com escárnio, tomado por uma onda de loucura – Diga olá ao Diabo por mim seu puto! – murmurei engatilhando a arma e apontando em sua cabeça.

- Não faça isso chefe! – pediu Ephraim segurando minha mão – Você não sabe se ele está falando a verdade, precisa averiguar antes de tomar uma atitude como essa e se ainda assim depois disso quiser acabar com o desgraçado, deixe isso comigo – disse calmamente.

- Eu quero matá-lo – rosnei.

- Você não é um assassino Edward! Não foi treinado para isso, não é um sentimento fácil de carregar – esclareceu, tirando a arma de minha mão – você tem coisas mais importantes com que se preocupar senhor e, além disso, eu mesmo quero ver até onde meu irmão está envolvido nessa estória se me permite – pediu, chamando minha atenção.

- Eu vou acabar com Jacob, The Rock! – avisei.

- Se meu irmão mentiu para mim, eu mesmo vou ter o prazer de fazer isso senhor – respondeu sério.

-Não faça nada com ele sem minha presença – avisei, apontando o corpo ensanguentado e desmaiado de Jenks no chão – eu quero ser a última pessoa que ele veja antes de morrer.

- Sim senhor! – vou leva-lo para minha casa, eu tenho uma cela em que ele poderá ficar até ser decidido o que vai ser feito com ele – explicou.

- Faça isso ... eu preciso cuidar de algumas coisas – avisei, passando a mão tremendo em meus cabelos – telefone para Alice e mande-a se encontrar comigo no escritório em quinze minutos – pedi, caminhando em direção á porta – peça para ela estar com as informações que pedi... e The Rock! – chamei, olhando para trás – a morte é o destino de quem me traí – avisei, saindo sem esperar por sua resposta.
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- Aqui está os dados que você me pediu Edward – avisou Alice, entrando em minha sala.

- Como conseguiu? – pedi, olhando pela janela, segurando um precioso pedaço de papel na palma de minha mão em punho, perdido em pensamentos.

- Não precisei fazer nada – suspirou – depois que você foi embora daquela forma, e depois de presenciar Jenks se debatendo e gritando, sendo carregado pelo gorila do seu segurança chamando a atenção de todos, fui interceptada por aquelas pessoas e Jasper, eles me deram o número de seus telefones e endereço, na verdade querem uma reunião com você! – avisou.

- Agora eles  querem uma reunião comigo? – zombei, girando o corpo em sua direção, o papel firmemente pressionado em minha palma – Eles estão três anos atrasados – comentei com escárnio – Você pode ir embora, esteja aqui bem cedo – avisei.

- O que está acontecendo Edward? Amanhã temos sua primeira audiência e tudo o que menos precisamos é ter que chamar sua assessoria de imprensa para apagar os holofotes em sua direção, foi um tremendo show hoje – resmungou.

- Pois se prepare Alice.. só começou – avisei, pegando o papel que ela jogado em minha mesa – só mais uma coisa – chamei, enquanto ele saia da sala com passos firmes – descubra tudo sobre essa pessoa – pedi, anotando o nome em um pedaço de papel.

- O que há com você e toda essa investigação sobre pessoas? O que houve com Jenks? E quem diabos é Maggie Cullen? – pediu exasperada e confusa.

- Essas pessoas me traíram Alice, assim como Jenks  - rosnei – e Maggie é minha filha! – revelei, deixando-a de boca aberta e olhos arregalados.

- Sua ... sua o que? Como assim? Quando soube disso? – disparou nervosa.

- Poucas horas atrás – murmurei, recolhendo minhas coisas – quero saber tudo sobre ela, desde sua data de nascimento até seu histórico médico... tudo Alice! – alertei – agora preciso ir – avisei, passando por seu corpo imóvel.

- Onde está indo? – correu atrás de mim – Edward não faça nenhuma besteira!

- Não estou indo cometer nenhuma sandice Alice, ao contrário, estou indo corrigir três anos de dislate... – murmurei caminhando.

- Onde está indo? – pediu novamente.

- Atrás de minha filha e da mãe dela! – avisei, abrindo a palma da mão e mostrando o endereço do IP rastreado do Maggie “Cuien”.

“As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”


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