quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

CNY - Capítulo 041/02


Capítulo 041/02-  CONFRONTO

Edward– POV

Outra dimensão. Era assim que eu me sentia, enquanto observava Bella do outro lado da mesa. Altiva, destemida. Completamente diferente da menina mulher que conheci na universidade.

Na minha frente, não estava aquela garota tímida, um tanto amedrontada que tinha acabo de entrar em  um mundo completamente diferente do seu, e que havia me enfrentado como  nenhuma outra pessoa antes, como um gatinho assustado, mas que tinha garras.

Não.

 Á minha frente, estava uma versão muito mais valente e ousada daquela menina. Encarando-me com olhos frios, postura rígida e imponente, estava a mulher que eu sempre soube que ela seria, fazendo-me regozijar interiormente, confirmando o que eu sempre soube.  Isabella era a única mulher digna de ser uma Cullen. Eu nunca estive errado sobre isso. Somente uma mulher valente como ela, poderia levar nos ombros esse titulo e todo o poder que viria com ele.
Mas apesar do conhecimento de tudo isso, essa confirmação, não alterava o fato de que essa mesma mulher havia desaparecido de minha vida por três malditos anos, escondendo-se de mim, e acima de tudo, negando-me minha paternidade.

Eu estava lívido.

- Isabella Swan – respondi seco seu cumprimento, quando sentou—se á nossa frente, sentindo o sangue ferver em minhas veias. Minha vontade era de saltar a mesa do tribunal, empurrá-la na parede e segurá-la fortemente pelo pescoço, na mesma proporção que queria beijá-la até eliminar todo o ar de seu pulmão – ou devo chamá-la de Isabella Dawyner – rosnei, fazendo-me entender que suas mentiras não mais a protegeriam, sentindo meus punhos se fecharem sobre a mesa, notando seu semblante primeiramente se tornar surpreso para depois se fechar, fazendo com que seus olhos se tornassem uma fenda em minha direção e sua bochecha escurecer em um lindo tom de vermelho.

Maldita!

- Meu nome não é o que está em julgamento aqui Sr.Edward Cullen e sim o fato do que o senhor está sendo processado por esse estado por diversos crimes, entre ele calúnia e difamação – respondeu altiva, com uma segurança que era hodierno para mim, deixando-me surpreso, curioso, admirado e de pau duro, fazendo-me me contorcer na cadeira, fazendo com que me encarasse de sobrancelha arqueada e batendo um enorme processo na mesa.

Isabella estava me enfrentando, e eu queria fodê-la em cima daquelas folhas.

- Não sou somente eu que tem o rabo preso nessa sala “doutora” – provoquei, sentindo Alice praticamente pular ao meu lado.

- Por Deus! Edward que merda está fazendo? – sussurrou Alice em minha orelha, colocando a mão em meu braço na tentativa de me acalmar, notando mais uma vez o olhar de Isabella escurecer, enviando punhais em sua direção.

- Se você tem algo em particular para conversar com seu cliente Sra.Brandon, sugiro que se retirem, não irei permitir nenhum comportamento inadequado nesse tribunal – rosnou Bella, fazendo com que Alice a encarasse com raiva. As duas mulheres estavam se duelando com o olhar.  Duelo esse vencido por Isabella facilmente.

Mas que diabos?

- Não haverá problemas Vossa Senhoria – respondeu seca voltando a sua posição ao meu lado.

- Sugiro que contenha seu cliente – avisou, sentando-se á nossa frente, fazendo com que eu sentisse seu perfume em minhas narinas.

- Se contenha Edward – pediu Alice mais uma vez

- Você está dispensada Alice  - avisei, sem nunca tirar o olhar de Isabella, que agora me encarava surpresa.

- O que?.. O que disse? – perguntou confusa

- Eu estou lhe dispensando – expliquei olhando em sua direção – Eu quero alguns momentos a sós com Isabella – avisei, chamando-a informalmente.

Convenções que se danassem. Eu estava frente á frente com a mulher de minha vida. A mesma mulher que havia me abandonado sem explicações e que havia me enganado escondendo de mim nossa filha. Eu poderia ser preso, mas Bella iria comigo.

- Mas Edward....

- Agora Alice! – ordenei firmemente.

- Que seja! – bufou, saindo com petulância.

- Você deixou sua advogada irritada Sr. Cullen – provocou mordaz, cruzando os braços, em frente ao peito protetoramente. Eu poderia jurar que ela estava com ciúmes, e esse reconhecimento inflamava meu ego e alimentava ainda mais meu desejo de puni-la.

- Mande-o sair Isabella – rosnei, inclinando a cabeça em direção ao segurança na porta.

- Ele está aqui para me proteger ....

- Você não quer que ele ouça nossa conversa – avisei irritado, batendo meu punho sobre á mesa. Eu sabia que tudo o que estava prestes á dizer, iria prejudicar sua carreira. Não que isso me importasse, porque quando ela escutasse tudo o que eu tinha á dizer, sua carreira seria sua ultima preocupação. – minha paciência está esgotada! – alertei mais uma vez.

- Você pode sair Liam – pediu ao segurança que nos encarava tenso – pode ficar em posição no lado de fora, qualquer coisa eu grito! – avisou, encarando-me, em um tom de ameaça, fazendo-me desacreditar em  sua ousadia.

- Seus gritos não irão te ajudar Isabella – rosnei baixo, dando á volta na mesa, caminhando lentamente em sua direção, notando seu recuo, a cada passo que eu dava - – Porque eu lhe garanto que este tribunal não saberá a diferença deles, se forem por estar lhe enforcando ou lhe fodendo em cima dessa mesa! – ameacei deixando-a de boca aberta, encurralada entre a parede e meu corpo – e acredite meu amor, vou fazer os dois!

- Edward...

- Cale essa maldita boca! – cortei, formando uma gaiola com meus braços ao seu redor – eu não quero escutar suas mentiras! Três anos! Três fodidos anos... como você pode fazer isso comigo? – rosnei, cheirando seu cabelo, sentindo seu perfume tão saudoso, penetrar em meu sistema, angustiando-me na mesma proporção que apaziguava as sensações que cresciam em meu peito.  Todo meu corpo lutando com os sentimentos que tomavam conta de mim – eu tenho vontade matar você! Acabar com cada pedaço de sua alma, esmagar seu coração como você fez com o meu – confessei, enfiando minha mão em seu cabelo macio, enrolando os fios fortemente em meu pulso, forçando seu olhar de encontro ao meu – Não ouse chorar! – esbravejei ainda mais irritado – não se atreva a derrubar uma lágrima falsa porra!

- Você está me machucando – avisou, engolindo um soluço, desafiando-me – tire á merda de suas mãos de mim! – rosnou, cravando suas unhas dolorosamente em meu braço, inflamando o desejo ardente que seu sempre havia sentido.

- Eu não vou lhe soltar! Não até você me falar porque fez isso conosco. Você me enganou Isabella... .. acreditei em você e .... você porra me usou! Como qualquer vadia que passou em minha cama antes de você! Eu acreditei que fosse diferente, e no final você não passava de mais uma alpinista social, uma vagabunda que só queria status – menti, notando as lagrimas brotarem ainda mais de seus olhos. Eu sabia que estava mentindo; que mesmo não querendo, eu confiava nela e sabia que ela nunca havia se aproximado de mim por esses motivos, mas eu queria ferir seus sentimentos. Meu desejo de machucar era maior do que as verdades que eu acreditava.

- SEU FILHO DA PUTA! PREPOTENTE DE MERDA, MENTIROSO, CANALHA – começou a gritar, desferindo um tapa tão forte, que fez meu rosto virar, liberando-se da prisão dos meus braços, com um empurre forte em meu peito – COMO SE ATREVE A DIZER ISSO DE MIM?

- COMO OUSO? VOCÊ ME ENGANOU! – gritei de volta, avançando novamente em sua direção – Você se fez de puritana, de certinha, toda cheia de não me toques e tenho princípios, quando na verdade tudo não passava de uma faixada para esconder o que realmente sempre foi.. uma interesseira... uma ...

- Não se atreva a continuar! – avisou, apontando um dedo em minha cara. Seu rosto estava vermelho de ódio, sua respiração ofegante. E maldita se ela não parecia á coisa mais linda do mundo – Como se atreve a me acusar de não ser verdadeira com você, quando não passa de um canalha mentiroso? – vociferou, cutucando meu peito com o dedo fino e duro de forma dolorosa.

- Eu. Nunca. Menti. Para. Você – rosnei, segurando minhas mãos em punhos ao lado do meu corpo, afim de conter o desejo de enfiá-las ao redor do seu pescoço tentador.

- Nunca mentiu? – sorriu com escárnio – eu não sei o porquê ainda perco tempo com você! Não merece um minuto de minha atenção.. nunca mereceu.  E sabe mais o que? Nós estamos aqui com um propósito.. vamos nos atentar á ele! – argumentou, tentando mudar de assunto - Talvez você devesse se declarar culpado das acusações Cullen, você pode ser bom em mentir, mas eu sou boa no que faço e posso lhe garantir isso. Você me pouparia tempo e trabalho – disse petulante, arrumando seus cabelos e a postura, deixando-me ainda mais raivoso.

- Escute aqui Swan – esbravejei, empurrando mais uma vez seu corpo com força na parede, causando-lhe uma careta de dor, assustando-me com minha própria agressividade – nó dois sabemos que esse processo é fraudulento...

- Você é uma fraude Edward...

- Assim como você! – retruquei, calando seu argumento – você mentiu sobre seu nome, mentiu sobre seu diploma, você fradou documentos e acima de tudo me negou direitos reservados por lei. Quando todos souberem que a famosa promotora, a doce e integra Isabella, esconde em seu armário tamanha podridão, todo seu credito irá desaparecer e acredite em mim, eu irei ter o prazer de ver sua carreira se deteriorar – ameacei, segurando seu pescoço em minha mão.

- Eu não sei do que está falando – murmurou com a voz temerosa e de olhos arregalados.

- Você sabe... mas eu posso te recordar minha querida... Você utilizou o nome de solteira de sua mãe para se formar, um nome que consta em uma documentação falsa; Você furtou meus documentos para registrar, sem meu conhecimento e sem minha autorização, a paternidade de nossa filha – rosnei, notando seu semblante se tornar cada vez mais pálido e assustado -  e negou-me os direitos de pai. Como pode ver meu amor – zombei – eu posso acabar com você, com apenas com uma ligação.

- Você é um monstro..... – sussurrou dando vasão ás lágrimas.

- Você libertou o monstro quando em abandonou... – respirei fundo, tentando controlar minhas próprias emoções – eu te amei e você me abandonou... Um maldito bilhete.... você me deixou a porra de um maldito bilhete e foi embora levando minha filha com VOCÊ! – gritei, sentindo a dor em meu peito.

- Você me traiu... o que esperava que eu fizesse Edward... VOCÊ PORRA ME TRAIU, SEU MADITO! – gritou, dando-me socos em meu peito – COMO PODE FAZER ISSO COMIGO... SEU DESGRAÇADO... EU ESTAVA FELIZ... TÃO FELIZ.. 

- EU NUNCA TRAÍ VOCÊ! – gritei ainda mais, segurando seus punhos em minha mãos  - MALDIÇÃO ISABELLA .. EU NUNCA TE ENGANEI PORRA!

- MENTIROSO! – acusou, batendo mais uma vez em meu rosto – EU ESCUTEI!  - gritou mais uma vez, caindo em um soluço incontido – eu cheguei em casa... eu iria fazer um jantar para lhe contar sobre á gravidez... as roupas... todas aquelas roupas pelo chão... os gemidos... EM NOSSA CASA.. EM NOSSO NINHO... COMO VOCÊ PORRA PODE, TRANSAR COM TANYA EM NOSSA CAMA!.. EU TE ODEIO..EU TE ODEIO! – gritou, deixando-me em transe, suas palavras, causando um arrepio mortal em meu corpo, deixando-me em alerta de imediato. Um fluxo corrente de memorias antigas invadindo minha mente, deixando-me atordoado.

- BELLA PARE! - gritei, chamando sua atenção, enquanto se debatia em meus braços – que droga! Eu nunca traí você! – repeti.

- Eu não acredito em você! – fungou, de cabeça baixa.

- Você tem que acreditar! – pedi, pegando seu queixo, inclinando seu rosto em minha direção – você me deixou um bilhete? – perguntei, tentando juntar peças em minha mente perturbada.

- Não... eu nunca deixei um bilhete para você! eu não podia... porque ...porque fez isso  Edward... porque acabou conosco assim? – chorou, desvencilhando-me do meu toque – você me destruiu uma vez... não vou deixar você fazer isso novamente..

- Olhe para mim.. – pedi, quanto seus olhos desviaram do meu – OLHE PARA MIM MERDA! – exigi, a fúria ardendo em meu peito. Minha mente repleta de imagens passadas e a palavra “armação” piscando em minha visão em vermelho sangue – eu  penso que nos dois fomos vitimas de uma armação....

- Essa é sua desculpa – zombou cortando-me

- Não.. é a verdade e vou provar á você! – avisei.

- Você não descobriu isso até hoje.. pretende fazer isso agora?...  Você não precisa criar provas falsas Cullen.. isso não vai mudar nada!

- Você tem razão.. não vai! – confirmei, as linha de confusão formando em sua  testa – porque quando eu provar que fomos vitimas de uma armação, eu garanto á você que os responsáveis por isso vão pagar, com suas vidas se for  preciso. Mas você minha querida, vai pagar com eles por ter me abandonado e principalmente por ter afastado minha filha de mim – alertei.

- Você está me ameaçando? – perguntou, limpando o rosto com a mão, empinando o queixo em minha direção – porque eu não tenho medo de você! – desafiou, deixando-me imediatamente duro.

Eu queria fodê-la.

- Pois deveria  ... você deve ter muito medo de  mim – rosnei, mais uma vez, enfiando a mão em seus cabelos novamente, puxando seu rosto em minha direção – você deveria estar apavorada – murmurei em seus lábios, o doce hálito batendo em meu rosto, inebriando meus sentidos.

- Eu te odeio.,. -  murmurou, fechando os olhos... entregue como no passado.

Eu podia sentir o ar espeço de luxuria á nossa volta, recordando-me de como erámos bons juntos.

- Eu também odeio você – sussurrei, tomando sua boca, violentamente.

Paixão.

Saudade.

Arrependimento.

Amor. Amor. Amor.

- Três malditos anos.... – sussurrei ofegante, algum tempo depois em busca de ar, beijando sua mandíbula e pescoço – Deus....

- Não..  por favor me deixe.... –começou a pedir, quando seu celular tocou em sua  bolsa, ao toque de uma melodia infantil – Maggie... – murmurou  – Me solte Edward.. Maggie – repetiu, livrando-se dos meus braços, correndo á mesa – Maria o que houve? – pediu aflita – O QUE?... – gritou, cambaleando, fazendo com que rapidamente eu estivesse ao seu lado, segurando sua cintura – Estou indo... eu estou indo – repetiu, desligando e rapidamente recolhendo suas coisas.

- O que houve? – perguntei, notando seus ombros e mãos tremerem  pelo choro – o que aconteceu com nossa filha? – pedi, fazendo com que girasse o corpo em minha direção com o olhar atordoado e surpreso. – Não minta para mim Bella! Eu sei tudo sobre ela...   sem mais mentiras ..eu tenho todo o direito de saber droga!  - pedi temeroso. Sendo tomado por uma aflição desconhecida.

- Ela.. ela está no hospital – avisou, com suavidade – nossa filha está no hospital.. está com muita febre... eu preciso ia até lá...

- Nós  dois vamos... venha.. você está sem condições de dirigir – ordenei, puxando sua mão, não dando espaço para argumentos, praticamente arrastando seu corpo em direção a saída.

- Você não pode chegar lá assim... ela vai fazer perguntas e....

- Eu não vou mais abrir mão de minha filha... – avisei, olhando em seus olhos – Eu sei que temos muito á conversar, que ainda você tem explicações a dar – alertei, ignorando sua cara indignada - não pense por um minuto, que estou em sua vida de passagem Swan. Você não vai mais sair do meu lado, você tem uma divida comigo, e a cobrança começa agora! Eu quero você, eu quero Maggie em minha vida.... e nada, nem ninguém vai estar em meu caminho novamente... nem você Isabella... acredite nisso!


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