Capítulo 042/02- RECONHECIMENTO.
Bella– POV
Meu corpo tremia. Minha mente estava
entorpecida. As palavras de Edward gerando pânico em minha mente ...
Armação.
Seria possível que tudo não tivesse passado de
uma armação? Uma manobra para nos separar? Edward nunca havia me traído?
- Eu não traí você! -
disse baixo como se pudesse ler minha mente, tirando-me dos meus devaneios,
enquanto nos dirigia ao hospital.
- Isso é o que você diz
– murmurei, olhando pela janela, sem encontrar seu rosto – eu estava lá! Eu
avistei as roupas espalhadas pelo chão, eu escutei seus gemidos através da
porta Edward, eu não inventei tudo isso! Não subestime minha inteligência –
retruquei, irritada comigo mesma.
- Não subestimar sua
inteligência? – rosnou, batendo a mão no volante – certo. Devo então presumir
que você estava drogada, ou completamente fora de sua mente! – zombou.
- Não me compare com
você Cullen – esbravejei irritada – eu nunca usei drogas e muito menos fiquei
“alta” para ter alucinações. Eu sei muito bem o que vi.
- E o que você viu?- perguntou, parando no sinal
vermelho, olhando em minha direção – Tanya chupando meu pau? Eu fodendo seu
rabo de quatro?
- Você é nojento! – respondi irritada. O ciúme feroz
me corroendo com a cena se formando em minha mente.
- Me responda porra! Se eu estava lhe traindo,
se você realmente escutou que minha voz enquanto eu a fodia, então você deve
ter visto isso e pode me detalhar tudo porque definitivamente não me recordo
dessa merda, e para que eu fizesse isso com você, com certeza deveria estar
completamente drogado, o que me intriga porém, é que desde que estávamos juntos
eu nunca usei qualquer coisa ou sequer me embriaguei, eu fiz essa promessa á
você e nunca a quebrei. Então me ilumine
porra! me diga Isabella, me dê detalhes desse dia, porque eu posso estar
precisando de um médico para a minha fodida mente! – perguntou, alterando-se.
Encarando-me com um misto de raiva e pesar, alimentando um sentimento crescente
dentro de mim.
- Eu não entrei no quarto – confessei, com a voz
contida. Segurando minha raiva, minha frustração comigo mesma.
- Você não entrou no quarto – repetiu descrente,
seguindo o fluxo do transito – Você foi embora de minha vida, levou minha filha
porque você não abriu uma porta – murmurou como se fosse consigo mesmo,
apertando fortemente as mãos no volante, tentando conter sua fúria.
- O que você queria que eu fizesse? – estourei,
girando meu corpo em sua direção – eu estava assustada com a gravidez, temorosa
por sua reação, e ao mesmo tempo mais feliz e animada como jamais havia sido em
minha vida. Eu estava com medo. Medo de que você não quisesse isso, e
enxergasse isso da forma que todos iriam; a menina simples, que estava dando o
golpe da barriga no herdeiro Cullen – tentava explicar, sentindo as lágrimas
escorrerem por meu rosto – eu estava aflita por seu sorriso, necessitando de
seu abraço me confortando e dizendo que tudo iria ficar bem, que você me amava,
e que não pensava isso de mim, e quando eu cheguei em nosso canto, tudo que eu
podia ver e ouvir, era você me traindo, destruindo meus sonhos, alimentando
meus medos e me dizendo quão tola e idiota eu havia sido por acreditar que
poderia fazer parte do seu mundo – solucei.
- Você não podia fazer parte do meu mundo
Isabella – murmurou estacionando em frente ao hospital – você era meu mundo –
completou, girando o corpo em minha direção – eu lhe mostrei várias vezes que
você era tudo para mim, e você nunca acreditou nisso. Você deixou suas
inseguranças, seu preconceito contra você mesmo, ter o melhor de você, bastava
você cruzar um obstáculo.... um pequeno atravanco e você veria toda a verdade.
Eu não sei que porra que estava acontecendo atrás daquela porta Isabella. Eu
não faço ideia do que aconteceu naquele apartamento, tudo o que sei, é que a
mulher que eu amava sumiu de minha vida sem deixar qualquer vestígio...
- Eu também não sei mais o que acontecia naquele
quarto – cortei, encarando seus olhos – você me diz que não era você e eu posso
ter cometido o maior erro de minha vida Edward, mas serei maldita se vou
assumir essa culpa sozinha. Você tem
razão em dizer que meus medos tomaram o melhor de mim e talvez eu devesse ter
confiado mais em mim mesma e aberto aquela porta, mas se minhas inseguranças
existiam, elas foram causadas por você!, por seus segredos obscuros, suas
omissões, suas mentiras que mesmo “inocentes” , e com o intuito de me proteger,
foram o combustível para alimentar o fogo da
minha insegurança e dos meus medos. Portanto não pense que você pode
aparecer aqui depois de três anos, e tentar bancar a vítima e desferir em mim
suas frustrações e acusações, porque se, e eu digo “se” tudo isso foi uma
armação, eu sou tão vítima dessa situação quanto você e acima de tudo, hoje não
são somente nossos sentimentos ou nossas angustias que contam, temos Maggie, se
um erro foi cometido aqui ela é a maior vítima. O mundo vai para o inferno,
antes que eu deixe algo ou alguém machucar minha filha Cullen – avisei séria.
- Nossa filha! A filha que você escondeu de mim
– rosnou irritado.
- Porque eu precisava proteger ela do seu mundo
– retruquei – você me feriu, e meu único raciocínio logico naquele momento era
proteger minha filha e a mim mesmo de você! Me condene por isso! - respondi irritada com seu tom de voz.
- Sua condenação já chegou Isabella! Eu posso
ver a lógica por trás do seu raciocínio, mas isso não altera o fato de que me o
convívio com minha filha. Eu posso até me
comover com suas razões, me colocar em seu lugar, mas não vou aceitar
suas desculpas ...
- Não estou pedindo desculpas ..- cortei
novamente, cerrando os olhos, enquanto ele fazia o mesmo em minha direção, o
verde de seus olhos, escurecendo-se de ira e luxuria. Nós dois já tínhamos
estado muitas vezes no passado nessa “dança” por poder, sobre um querendo
dominar o gênio do outro, que por diversas vezes, serviu como preliminar para
horas de sexo selvagem, e tomando por base seus olhos dilatados, a respiração
ofegante e o bater disparado do meu coração, eu podia apostar que seus pensamentos
se assemelhavam aos meus.
- Maldição Isabella! Não me olhe assim! Não me
desafie, não faça com que meu desejo de te foder seja ainda maior do que minha
raiva – ameaçou com a voz rouca, enviando arrepios pelo meu corpo, acendo-me de
uma forma que há anos não sentia e somente ele poderia fazer – eu conheço seu
corpo – começou, prendendo minha nuca com sua mão, puxando-me com força em sua
direção – eu posso sentir seu cheiro, aposto que se eu colocar meus dedos em
suas dobras você vai estar molhada e pronta pra mim – sussurrava em minha
bochecha e mandíbula, deixando um rastro molhado de seus lábios em minha pele –
e para seu “bem” espero que ninguém tocou no que é meu Swan, – ameaçou
soltando-me do seu aperto, deixando-me completamente perdida em uma onde de
luxuria – vamos ver nossa filha! – chamou, abrindo a porta do carro, me
deixando sem palavras – depois nós dois vamos terminar essa conversa.
Maldito.
- O que Maggie sabe sobre mim? – perguntou
nervoso, pela primeira vez dando-me um pequeno vislumbre de insegurança do
Edward por quem tinha me apaixonado na universidade.
- Ela sabe tudo sobre você Edward – respondi com
pesar parando em frente ao quarto em que Maggie estava com Maria nos
aguardando, sentindo-me na obrigação de confortar sua angustia – o que eu disse
á você é a verdade – continuei, segurando sua mão na minha, olhando em seus
olhos – tudo o que eu fiz, foi na intenção de proteger ela do seu mundo, mas
nunca de você. Posso não ter confiado em muitas coisas, mas nunca iria mentir dessa
maneira. Ela conhece seu rosto, e acredita sinceramente que você é o príncipe
encantado....
- Onde ela pensa que eu estava esse tempo todo?
– pediu aflito.
- Viajando á trabalho – suspirei, sentindo meu
coração palpitar – ela pensa que você é muito importante e precisou viajar o
mundo. Ela sempre soube sobre você! Ela te ama como deveria ser, eu nunca
falaria mal de você á ela Edward, eu gostaria que você soubesse disso – disse
sinceramente.
- Eu queria te agradecer por isso mais não posso
– respondeu mais calmo, deixando-me angustiada – Não hoje pelo menos –
completou, dando-me um breve vislumbre de seu sorriso torto.
- Não hoje.... – murmurei
- Não hoje – confirmou – nós temos muito que conversar Bella, mas nesse momento,
eu preciso demais encontrar com minha filha.
- Okay.... só... só cuidado com o que você
fala... Maggie... Maggie é inteligente demais para nosso próprio bem...
- Parecida comigo! – declarou orgulhoso,
fazendo-me revirar os olhos. Mal sabia ele, como ele estava certo.
- Sim Edward... parecida com você! Exatamente
sua cópia – confirmei, notando pela primeira vez um sorriso sincero cruzar seu
rosto – Vamos – chamei, abrindo a porta – Olá!..tem alguma princesa dodói por
aqui? – perguntei, entrando no quarto, notando seu corpo pequeno sentado na cama.
- Mamãezinhaa.... – chamou minha menina,
estendendo os bracinhos em minha direção – polque
voxe demolou? Meu blaço tá dodói
– choramingou manhosa, apontando a agulha com o soro em seu braço.
- Ohhh..meu bebê... vai passar logo meu amor,
assim vamos poder ir para casa e brincar de salão de beleza okay? – respondi,
abraçando seu corpinho ao meu, minha voz embargada. Odiava que ela estivesse
sofrendo – Maggie? – chamei quando não respondeu ao meu comentário sobre a
brincadeira, buscando seu olhar, apenas para encontrá-los fixados em Edward.
- Mamãeee... – chamou, começando a chorar.
- Shhh.. bebê.. mamãe está aqui... o que foi
querida? – perguntei aflita, começando a me questionar sua presença.
- Papai plíncipe
está aqui? – sussurrou em minha orelha.
- Ele está meu bem... veio correndo quando soube
que você estava dodói – tentei explicar da melhor maneira possível.
- Ele não plecisa
viajar no mundo mais? – murmurou, ainda encarando a figura masculina, parado á
porta, com os olhos cheios de lágrimas.
- Não princesa.. papai não vai mais viajar no
mundo – ele respondeu por mim, tomando á frente da situação.
- Pla
semple? – perguntou agitada, soltando-se dos meus braços, encarando-o de
frente.
- Para sempre princesa – sorriu, andando em sua
direção, fazendo com que eu desse um paço para o lado fora da cama – você é tão
linda – venerou sentando no lugar on estava, acariciando seu rosto, com a ponta
dos dedos, trazendo lágrimas aos meus olhos.
- Você é mesmo um plincipe papai – sussurrou Maggie, imitando seu gesto. Ambos se
acariciando como se tocassem algo muito precioso – Papai.... meu papaizinho.. –
chorou minha menina, colocando os bracinhos ao redor do seu pescoço, tão
apertado, quanto seu pequeno corpo permitia – eu te amo papai – soluçou em seu
ombro.
- Eu te amo Maggie... – respondeu Edward,
liberando suas próprias lagrimas – Minha princesa..
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