Capítulo 043/02- “ PLÍNCIPE” E PRINCESA.
Edward– POV
Os pequenos bracinhos estavam entrelaçados em
meu pescoço em um apero de morte. Tão fortemente quanto seu corpo frágil
permitia.
Minha mente estava em Overdrive.
Eu não conseguia assimilar meus pensamentos de
forma organizada. Não quando tinha em meus braços um pedaço de mim. Outro ser
humano que tinha meu sangue correndo por suas veias. Uma parte de mim que, foi
associado eternamente com a mulher que amava.
A mesma mulher que nos observava com lágrimas
escorrendo pelo rosto, que ostentava em sua face uma careta de dor e pesar.
Eu queria odiá-la. Queria ter a capacidade de
destilar meu veneno, de poder direcionar toda a frustação que sentia em sua
direção, mas sabia que apesar de todas as circunstâncias estaria cometendo mais
um erro. O que havia acontecido conosco, e se minhas suspeitas fossem
confirmadas, Bella não tinha feito nada além do que se proteger. Eu sabia que
não havia sido o melhor dos namorados, que nosso relacionamento não era um
conto de fadas, e que meu mundo muitas vezes se fez presente em nossa relação.
Que minhas mentiras, minhas omissões, na tentativa de proteger nosso
relacionamento, foram na verdade o combustível para sua desconfiança, seu medo
e quem sabe até sua fuga. Eu não era hipócrita. Eu sabia que apesar de ter
demonstrado á Bella que era fiel á nós, meu passado, minhas atitudes e a
influência do mundo que me cercava havia contribuído para isso.
Vivíamos em um jogo e apesar de dominá-lo, eu falhei
em não ensiná-la a sobreviver á ele. A armação contra nós, porque eu acreditava
nisso ainda mais a cada momento, era a prova disso.
Acima de tudo, ao abraçar minha filha, da forma como
se nunca tivéssemos nos separado, eu não podia negar que Isabella, apesar de
sua mágoa, mesmo que motivada ou não, havia protegido nossa filha e nunca foi leviana em minha memória para com
ela. Era óbvio que Maggie me amava. Ela
me reconhecia como seu pai, e me amava.
E inacreditavelmente eu devia isso a Bella.
A parte raivosa e egoísta de mim. Uma parte com
sede de vingança desejava por um momento que realidade não fosse exatamente assim,
que se talvez nossa filha não me reconhecesse eu poderia direcionar minha raiva
em sua pessoa e se livrar do sentimento angustiante da falta de respostas que
me consumia.
Da espera por vingança. Uma espera que se
tornava insuportável a cada segundo.
- Mamãe.. meu papai está aqui! – sorriu minha
menina, animada e pulando em meu colo. Completamente diferente de minutos
antes.
- Eu sei bebê – sorriu, enxugando as lágrimas do
seu rosto, caminhando em nossa direção – você se sente melhor meu bem? –
perguntou acariciando seu cabelo.
- Eu nunca vou ficar mais doente, meu papai
chegou – respondeu, fazendo-me sentir um aperto no meu peito.
- Papai está aqui - confirmei, percebendo seu
olhar em minha direção, como se aguardando a confirmação de não iria embora
novamente – para sempre princesa, eu prometo – jurei, encarando Isabella, a deixando
saber desde já que jamais iria se livrar de mim novamente – Para sempre
Isabella. – ressaltei diretamente.
- Nós ainda temos que conversar Edward... nada
mudou ...
- Tudo mudou! Nunca deveria ser diferente a
princípio – cortei, sentindo meu corpo retesar, com Maggie em meus braços.
Isabella só poderia estar insana de sequer cogitou algo diferente.
- Papaizinho... vamos pala casa? Isso dói – choramingou mostrando o soro em seu braço que
por seus movimentos estavam com uma sobra de roxo, deixando-me irritado.
- Nós vamos princesa.. papai vai mandar tirar essa
mer.... essa porcaria de você! – engasguei fazendo-a rir e Bella bufar.
- Ohhh... papai vai ficar com a língua pleta mamãe? – perguntou, batendo a
mãozinha na boca, segurando o riso.
- Língua preta? – perdi curioso
- Você disse palavra proibida Edward. Quem fala
palavra feia, fica com a língua preta – explicou Bella, cerrando os olhos em
minha direção.
- Ohh... desculpe princesa .. está preta? –
perguntei á Maggie mostrando a língua em sua direção, fazendo com que eu fosse
agraciado com sua gargalhada doce e estridente, corando as bochechas como sua
mãe.
- É nessa “torre” que temos uma princesa doente?
– perguntou o médico, adentrando o quarto.
- Eu já salei,
meu papai chegou! – disparou, passando novamente os braços em meus pescoço
enquanto me levantava – você pode tilar
isso? – pediu estendendo o braço com a agulha.
- Seu pai? – perguntou confuso, caminhando em
nossa direção, alternando seu olhar entre Bella e eu, enquanto soltava o soro
de Maggie e fazia um curativo, fazendo com que todos meus instintos ficassem em
alerta.
- Papai plíncipe
– respondeu inocentemente, acariciando minha mandíbula com a mão livre.
- Olá Tyler! – cumprimentou Bella, sorrindo
timidamente em sua direção, enquanto ficava ao lado de Maggie, segurando o
algodão em seu braço, fazendo com que uma minha memória fotográfica piscasse em
minha mente como faróis de alerta.
- TYLER
CROWLER – disse alto, encarando sua
face, enquanto as primeiras informações sobre Bella inundavam a minha mente. O
maldito ex-namorado.
Minha. Minha família.
-
Humm.. prazer... nós nos conhecemos? – perguntou, estendendo a mão em minha
direção, fazendo-me repetir o gesto com certa pressão.
-
Edward Cullen – respondi, notando sua face alterar brevemente. Primeiro com o reconhecimento, e em seguida com desafio.
Bastardo morto!
-
Sim..certo... – murmurou, olhando o gráfico de Maggie – ela está bem Bella...
-
Isabella – cortei. Que porra de
intimidade era essa?
-
Nome da mamãe – confirmou minha menina, unindo as sobrancelhas em desaprovação,
quase me fazendo rir.
Não
tinha como negar que Maggie era minha filha.
-
Certo princesa – disse Tyler sem graça
- Só
o papai me chama de plincesa... não é papai? – perguntou, segurando meu
queixo em sua mãozinha.
-
Maggie! – ralhou Bella ao nosso lado.
- Ela
está certa! – confirmei dando de ombros, e beijando sua bochecha gorda, notando
seu olhar sorridente em minha direção. Minha menina estava no meu time e eu
iria me aproveitar disso.
-
Cristo – murmurou Bella, sacudindo a cabeça – Ela está de alta Tyler?
-
Sim... Be..Isabella – respondeu o não desejado sem graça – aqui está a lista de
antibióticos que ela vai ter que tomar por mais alguns dias, eu já agendei seu
retorno para o final do mês está bem? – explicou entregando a papelada em sua
mão.
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