segunda-feira, 15 de julho de 2013

CNY - Capítulo 048/02

Capítulo 048/02-  O INÍCIO DA VERDADE.

Bella– POV

Minhas mãos tremiam. Todo meu corpo demonstrava ansiedade e temor. Várias cenas horríveis rodavam em minha mente e inúmeras perguntas surgiam; Como Jenks podia ter morrido? Será que Edward havia descoberto que ele era a pessoa que havia me ajudado a fugir e se esconder e por isso o teria matado? E o que mais temia; será que além de todas as fraudes no processo contra Edward ele também tinha se tornado um assassino?

Eu não sabia o que pensar. Eu me recusava acreditar que ele havia se transformado dessa maneira, mas o olhar em seu rosto quando observava a foto de Jenks no jornal me deixava ainda mais nervosa, apavorada e irritada.
- Você acha que eu tenho algo a ver com a morte de Jenks Isabella? - rosnou aproximando-se de mim e segurando meu queixo em sua mão, forçando meu olhar de encontro ao seu.
- EU NÃO SEI! – gritei tentando fugir do seu agarre - Eu não sei do que você é capaz de fazer, eu não sei como confiar, somente sei que alguém que era importante em minha vida apareceu morta depois que você começou a fazer parte dela novamente - balbuciei, deixando que as lágrimas escorressem por meus olhos – Jenks era meu amigo, ele me ajudou quando precisei, ajudou Maggie, eu...  me diga ...por favor ...
- Espere! - pediu Edward, sacudindo a cabeça, franzindo os olhos em desgosto - Porque porra você disse que ele é alguém importante na sua vida? O que o homem que contratei para te seguir por mais de dois anos tem a ver com sua vida? Como você conheceu Jenks? - pediu agitado - FALA! – gritou me assustando – Isabella por Deus me conte a verdade – pediu angustiado, como se quisesse falar mais. Mas suas poucas palavras já haviam chamado minha atenção.
- Você... você contratou Jenks para me seguir? – perguntei atônita, apavorada que minhas suspeitas haviam se confirmado – Então você realmente conhecia Jenks? Meu Deus Edward...  JENKS FOI QUEM ME AJUDOU, FOI JENKS QUE ME AJUDOU A SE ESCONDER DE VOCÊ! VOCÊ NUNCA PROCUROU POR MIM - gritei de volta, soltando-me do seu aperto, notando seu corpo ficar estático e a face retorcida como se tivessem acabado de lhe desferir um golpe profundo - Edward.. por favor.... me diz que você não fez isso... por favor!
- Você acha que eu nunca procurei por você? Você simplesmente acha que iria embora da minha vida sem nenhuma explicação e eu não iria atrás? – sorriu com escárnio – você acredita muito pouco em mim Isabella – comentou soltando-me - Agora entendo porque nunca te encontrei antes- murmurou - Jenks trabalha para minha família há anos Bella. Esse desgraçado faz todo tipo de serviço para meu pai, dos quais eu duvido que possa imaginar, ele tem acesso a muita documentação de nossa empresa, e não tenho mais dúvidas de que com isso ele conseguiu manipular toda essa situação.  Você nunca se perguntou como ele conseguiu registrar nossa filha sem que eu soubesse? Ou como conseguiu financiar o que fosse para te manter longe de mim? – perguntava aflito, andando até a janela, observando a chuva torrencial que caia sobre a cidade, criando um plano de fundo para a tormenta que ocorria em nossas vidas, ajudando a criar um ambiente ainda mais hostil – Eu confrontei esse bastardo – confessou ainda de costas para mim – no dia que te encontrei em um PUB, desconfiei que algo muito podre estava acontecendo,  e  ordenei que o trouxessem para mim.
- O que você fez Edward? – perguntei aproximando-me sutilmente – Por favor... não me diga que você...
- Eu não o matei – cortou-me – mas dei um tiro em seu joelho – respondeu sombriamente, girando seu corpo de frente ao meu – Eu queria matá-lo e ainda iria querer se o bastardo já não estivesse morto. Ele me manipulou Isabella. Ele mentiu, traiu de forma sórdida. Mas do que ninguém Jenks sabia da minha aflição, do meu desespero para encontrar você – confessava, demonstrando através das nuances de raiva em sua face, vestígios do meu antigo Edward, o homem por qual havia me apaixonado perdidamente - Eu morria um pouco a cada dia e perdia as esperanças em cada resposta negativa nos relatórios que ele me entregava sobre seu desaparecimento.  Não me julgue por querer matar esse merda, porque você não sabe o que eu passei – irritou-se levantando a voz – Enquanto você o ajudava a te esconder de mim, eu sofria porra! Quem me garante que vocês dois não riam de mim pelas costas? Eu posso suportar que Jenks tenha se aproveitado do meu sofrimento Bella, porque esse filho da puta confessou que queria você – rosnou – Mas não posso suportar que você tenha feito isso comigo deliberadamente – disse com os olhos marejados e uma tristeza tão profunda que naquele momento acreditei realmente que me contava a verdade.  A verdade sobre tudo.
Edward não havia me traído. Edward não havia matado Jenks, embora não negasse o desejo de fazê-lo. Edward havia sido manipulado e agora eu acreditava que eu havia sido também. Nós dois erámos peças de um jogo sórdido. Pessoas haviam jogado com nossas vidas, desde o nosso namoro e ambos não havíamos dado conta disso, até esse momento.
- Eu nunca zombei de você Edward. Eu confesso que nunca questionei as ações de Jenks tampouco. Eu estava perdida, aflita, morta com a possibilidade de sua traição, sozinha e com medo de perder nossa filha com seu poder, que nunca questionei suas ações, um pouco antes de me formar, eu soube que não havia uma maneira de que havia registrado Maggie em seu nome sem ser por meios inescrupulosos. Mas eu já estava envolvida, eu precisava trabalhar para sustentar nossa filha e não podia ter algo que prejudicasse minha índole profissionalmente, por isso nunca levei adiante minha suspeitas, e acima disso tudo, eu simplesmente amava o fato de que nossa filha tivesse seu sobrenome, de alguma forma doentia eu sentia você perto de mim, era como se algo me dizia que você iria nos encontrar por esse motivo. Isso sempre esteve em minha mente, mesmo que eu não quisesse aceitar – revelei - Eu também sei que ele nutria algum tipo de sentimento por mim – confessei notando seus lábios em uma linha rígida de fúria contida – mas eu nunca tive nada com ele, nunca sequer me aproximei dele dessa maneira Edward. Eu sempre fui sua, isso nunca mudou – repeti pegando sua face entre minhas mãos – por favor acredite em mim – pedi.
- Você é minha Swan – rosnou, levando as mãos em minha nuca bruscamente, e tomando meus lábios com os seus – acredito em você, mesmo porque aquele viado confessou que não tinha te tocado quando implorava para não morrer em minhas mãos – confessou, fazendo com que um sorriso malvado enfeitasse o rosto perfeito me deixando surpreendentemente excitada.
- Você não pode matar pessoas Edward – sussurrei em seus lábios.
- Não... somente aquelas que nos separaram baby – sussurrou de volta, passando o nariz em minha bochecha, esfregando seu rosto no meu.
- Pessoas tramaram contra nós – continuei murmurando, dando acesso ao meu pescoço.
- Eu sei.. eu sei baby, mas você não precisa se preocupar com isso, eu vou cuidar de tudo, todos que nos traíram vão pagar – avisou, buscando meus olhos novamente.
- Você tem em mente quem fez isso conosco?... Você acha... acha que pessoas próximas a nós tem algo a ver com isso? – perguntei, querendo saber de suas suspeitas.
- Já disse para não se preocupar com isso ...
- Não me venha com essa merda Cullen – esbravejei, saindo dos seus braços – Não foi somente você que sofreu com essa separação. Nós dois fomos enganados e por isso nossa filha foi atingida no processo. Por muito tempo eu observei nossa menina esperar por você. Ninguém mexe com minha filha e fica impune – rosnei – portanto se você acha que vou ficar aqui sentada, desconfiada das pessoas, enquanto você está lá fora procurando os culpados, você tem que pensar em outra coisa!
- Fico morrendo de tesão quando você joga de mamãe urso, toda raivosa, protegendo sua cria – gemeu, levando a mão em seu pau e ajustando, fazendo-me ofegar.
- Não tente me distrair – acusei irritada – estou falando sério Edward, ou somos uma frente unida de uma vez por todas, ou ...
- Não se atreva a terminar essa frase Swan – esbravejou, cobrindo minha boca com sua mão enorme – não há possibilidade alguma de que fiquemos separados novamente. Eu venho tentando enfiar isso na sua cabeça teimosa desde que nos reencontramos, estamos juntos e agora é para sempre. Você vai vir morar comigo, vai transformar minha casa, em nossa casa, porque lá temos como proteger nossa filha, eu prometo não esconder nada de você, mas tenho uma condição.
- Qual condição – pedi ofegante, diante de suas palavras e do poder que emanava delas. Edward sempre havia me atordoado quando deixava seu lado poderoso e dominante fluir ao meu lado.
- Case-se comigo Bella. Vamos formar a família que havíamos prometido um ao outro desde o início. Por nós, por Maggie, para mostrar a esses filhos da puta que tentaram nos separar que eles não venceram e nunca irão conseguir  – pediu, encarando-me com os olhos verdes cheios de angústia, raiva, desejo e principalmente amor.
- Não é tão simples assim....
- Não começa com isso Isabella. Porra!  - irritou-se agarrando-me pelos ombros – Você não vai fugir de mim novamente.
- Estou processando você Edward! – esbravejei de volta – Como se não bastasse toda essa merda envolvendo nós dois, ainda temos que pensar em todas aquelas provas de extorsão, lavagem de dinheiro... – divagava andando aflita pela sala. – Você fez tanta merda!...
- Essas provas não são contra mim Isabella – anunciou tirando-me dos meus devaneios.
- Não são Como assim não são? Estão no processo contra você, algumas...
- São evidências forjadas por Jenks para livrar meu pai de acusações – suspirou profundamente, passando as mãos pelo cabelo – Bella... Carlisle não pode ser acusado ou processado por nada, se isso ocontecer ele perde a Presidência das Industrias...
- Você.... você está me dizendo que você assumiu a culpa por seu pai? – perguntei estupefata – porque você faria uma sandice desta?
- Porque desde que você foi embora da minha vida, eu não tive mais motivos para ser correto – deu de ombros – nada me importava, eu não tinha mais que provar a você que eu poderia ser um cara honesto. Eu me tornei o homem que Carlisle queria, eu deixei o monstro verde me dominar – revelou, fazendo que um frio horripilante passasse por meu corpo.
- Edward.. seu pai... você acha.... – balbuciava, mal conseguindo proferir as palavras que queriam sair através das imagens em minha mente, notando Edward retesar e uma fúria assassina dominar seu rosto.
-  AQUELE FILHO DA PUTA!

A vingança procede sempre da fraqueza da alma, que não é capaz de suportar as injúrias.


segunda-feira, 4 de março de 2013

CNY - Capítulo 047/02


Capítulo 047/02-  PASSOS Á FRENTE E RETROCESSOS.

Edward– POV

O suave perfume de seus cabelos me envolvia, criando uma atmosfera de calma ao meu redor. O mesmo suave e delicioso aroma que por tanto tempo havia assombrado meus sonhos saudosos, agora acalantava meu coração, enchendo meu peito de esperança.

Isabella ressonava tranquilamente ao meu lado, com meu corpo praticamente cobrindo o seu durante toda noite. Meus olhos em vigília sobre seu rosto. Recordando de cada detalhe, cada sarda imperceptível e devorando cada detalhe novo que perdi nos anos que estivemos separados, lembrando-me a cada segundo de minha missão. Eu amava Bella com cada fibra do meu ser, e descobrir quem havia nos separado, era uma questão de honra.

Minhas mãos mais uma vez deslizavam por seu corpo. Acariciando sua pele desnuda, contornando com a ponta dos dedos as marcas de meus dedos em sua pele pálida no auge da paixão e com a ponta da língua as marcas de chupões deixados a esmo em cada nova rodada de amor pela noite á dentro.  Eu não podia ter o suficiente dela.

Eu nunca teria o suficiente dela.

A palma de minha mão espalmada em seu ventre me recordava dos meus pensamentos cada vez que eu despejava minha semente dentro do seu corpo. “ Grávida. Eu a quero grávida novamente com nosso filho”. Eu não podia espantar esse desejo de minha mente.  Apesar de acabar de descobrir sobre Maggie, e amá-la com minha própria vida, eu não conseguia parar de pensar que não havia participado de todo o processo. De acompanhar Bella as consultas, de ser alvo de suas oscilações de humor, de mimá-la e cumprir seus desejos mais estranhos. Acompanhar o crescimento do seu ventre e a mudança do seu corpo. Eu queria viver isso. Eu queria sentir meu ego inflado, encarando todo macho que a olhava com cobiça, que eu tinha feito isso com ela. Eu e meu pau.

- Papai? – chamou a voz doce, parada á porta esfregando os olhinhos com a mão gordinha, enquanto a outra arrastava um rato enorme azul pela orelha.

- Princesa..  o que foi? – sussurrei levantando-me e indo ao seu encontro.

- Sonho feio – murmurou enfiando o rosto em meu pescoço.

- O que você sonhou meu amor. Conta para o papai – pedi, sentindo meu peito inchar com a referência, trazendo-me lágrimas aos olhos.

Cristo! Eu era a porra de um Pai.

- O avião da Barbie caiu. E o Ken não acha ela. Ele está tão tlistinho ...tão tliste... – ele murmurou com a voz embargada.  – Ele vai encontrar ela papai? – perguntou-me buscando meu rosto.

- Ele vai meu amor. O “Ben” sempre acha a Barbie – respondi, andando com ela para seu quarto, não tendo a mínima ideia do que falava. Mas se ela queria que o “Ben” encontrasse a loira magrela e peituda, por todos os meios ele encontraria. Minha menina sempre teria o que quisesse. Nem que eu tivesse que comprar o maldito fabricante e colocasse os dois personagens em uma mesma caixa, com helicóptero e tudo – Nem que para isso o papai tenha que contratar um detetive particular para isso.

Voxe é tão engraçado papai – ela riu, revirando os olhos como a mãe – o nome dele é Ken. E voxe não pode contlatar detetive.. é só um blinquedo!

- Bem... eu posso se eu quiser  – respondi, escondendo o riso – quando me olhou de olhos arregalados, enquanto eu a colocava sentada em sua caminha.

- Ohh.. voxe está em glande apulos papai – suspirou dramaticamente, fazendo com que a olha-se com duvida nos olhos – Mamãe não gosta disso – suspirou negando com a cabeça, seus cachos balançando ao redor do rosto.

- O que a mamãe não gosta princesa? – perguntei sentando-me a sua frente, acariciando seu rosto.

Sor...sol..solbelba... – respondeu torcendo o narizinho bonitinho na dificuldade da palavra, fazendo com que eu suprisse uma gargalhada.

Ela era linda demais para seu próprio bem e minha sanidade.

- Humm... certo.. – tossi – é o que você sabe sobre isso amorzinho? – pedi curioso e fascinado.

- Ohhh.... um montão de coisas assim – respondeu abrindo a mãozinha pequena, pontuando cada dedinho enquanto tentava explicar a sua maneira – Voxe não pode glitar com seus amigos no palque. Voxe não pode se exibir com a lancheila nova no recleio só polque ela e mais bonita que todas.. hummm... voxe não pode ser líder o tempo todos nas blincadeilas só polque voxe é mais espelto, e inteligente, e bonita de olhos verdes – respondeu toda séria. Fazendo com que a gargalhada retumbasse do meu peito – Você não pode rir papai – resmungou chateada – eu fiquei de castigo e ganhei um tapa no bumbum por causa disso – murmurou fazendo uma faneca enorme.

E naquele instante eu soube que o bico teria um efeito mortal sobre mim.

- Desculpe princesa – limpei a garganta – e porque você ganhou tapa no bumbum? – perguntei curioso. Não era uma cena que eu visualizava Bella atuando, a não ser que fosse extremamente necessário.

-Polque..polque.. bem.. voxe vê papai.. eu queria muito, muito  trazer o Bud pla casa – deu de ombros, como se explicasse tudo, deixando-me completamente confuso.

- O que é o Bud?

- Bud é o gatinho de estimação da escola papai – respondeu bufando, como o olhar “ como você não sabe?”, toda a semana uma cliança pode levar o Bud para casa e passar o final de semana cuidando dele. E eu queria muito, muito.

- E o que você fez? – perguntei já sabendo que tinha uma história por trás do seu lamento.

- Eu tlapaceei no jogo que a plofessora Kate deu, eu não contei pla ela, que eu já sabia os resultados. Porque eu jogo todooo momento esse game com a mamãe em casa. Eu menti. E a mamãe ficou brava, polque o Bud já estava em nossa casa assim... – contou mostrando os dedos de todas as mãos e os pés, o que devia significar que o tal gato, esteve ao seu poder por mais de vinte dias e não apenas para um final de semana.

- O gato ficou tudo isso com você? – perguntei para confirmar, observando novamente seus cachos balançarem em confirmação em volta do seu rosto gordinho e rosa.

- Eu ganhei em todos os jogosss – cantou, gesticulando com as mãozinhas – polque eu sou muita esperta – sorriu, mostrando sua dentição perfeita, deixando-me admirado e perplexo com a forma que ela se parecia comigo falando, enchendo-me de orgulho.

Minha coisinha pequena competitiva.

- E porque o tapa no bumbum então? – perguntei com a sobrancelha arqueada.

Polque quando a mamãe descobliu que eu menti, ela levou o Bud embora e me deixou de castigo com a Malia, eu não queria ficar de castigo, então eu chamei a Malia de boba e joguei celular dela na plivada – contou fazendo beicinho de choro, os olhos lacrimejando – eu não quelia fazer isso. Mamãe ficou tão tliste comigo. Eu amo a mamãe – fungou.

- Shh.. princesa.. eu tenho certeza que a mamãe não está mais brava com você – sussurrei, encostando-me em sua cama e a puxando em meu colo – e você não precisa se sentir mal por competir e ser mais esperta okay? Só não pode deixar as pessoas descobrirem. – aconselhei, acariciando seus cabelos.

Diabos! Era uma Cullen. Óbvio que seria esperta e competitiva.

- Você não está blavo comigo papai? – sussurrou, se aconchegando em meu peito.

- Nunca meu amorzinho. Papai nunca vai ficar bravo com você – respondi honestamente, cheirando seu cabelo. Eu havia passado muito tempo longe dela, e perdido muita coisa. Que Isabella se conformasse em continuar seu trabalho de educar com êxito nossa filha, enquanto eu faria minha parte de estragar e mimar.

- Papai plíncipe .. meu papai plíncipe.... nunca mais vai trabalhar longe... – resmungou sonolenta, fechando a mãozinha em punho na minha camiseta – com Maggie sempre – murmurou.

- Com a princesa Maggie para sempre – confirmei, beijando sua testa, abraçando-a junto ao meu corpo ainda mais.

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- Eu sonhei tanto com essa cena – sussurrou a voz suave de Bella, acordando-me de um sono profundo.

- Oi.... Hey baby! – sorri, abrindo os olhos e encontrando seu olhar marejado e amoroso.

- Você deve estar todo dolorido – sorriu, olhando para o corpo de Maggie em cima do meu. Da mesma maneira que estava quando adormeceu depois de nosso bate-papo na madrugada. – Ela acordou durante a noite, nós conversamos e acabei dormindo – respondi sem jeito, mas sentindo um sorriso romper em meu rosto.

- Ohh.. ela teve mais um de seus pesadelos ? O foi agora? A Rapunzel cortou o cabelo? – brincou.

- Não!.. O avião da loira peituda caiu e o Ben não a encontrava – respondi, tentando me desvencilhar do seu corpo – O que? – perguntei, quando me soltei e olhei em sua direção, notando o olhar divertido em seu rosto.

- Loira peituda ... posso entender como Barbie e seu namorado Ken? – perguntou segurando o riso.

- Qualquer que seja – bufei, sustentando ainda o sorriso pateta – ela também me contou sobre o gato – comentei orgulhoso.

- Retire esse sorriso pateta e orgulhoso do rosto Edward. Maggie e mais competitiva do que você possa aguentar. Já me basta você! – resmungou, revirando os olhos – O café está pronto, você não vai acreditar em quanto tempo dormiu.

- Que horas são? – perguntei, seguindo-a, babando em sua bunda perfeita rebolando á minha frente.

- Meus olhos estão aqui em cima Cullen – chamou estralando os dedos – são dez horas. Eu tentei lhe chamar antes de sair, mas você não me escutou.

- Sair? Onde você foi? – perguntei curioso, recebendo um olhar de reprovação e um rolar de olhos como resposta.

- Coloquei uma escova de dente nova para você em cima da pia. Sua camisa já está lavada e passada no meu quarto Edward – respondeu saindo, deixando-me plantado na porta do quarto.

- Nosso quarto! – rosnei alto, para que ouvisse – Se essa mulher pensa que vai se livrar de mim, ela está completamente enganada – bufei, entrando no banheiro, planejando e me preparando para sua teimosia enquanto cuidava de minhas necessidades básicas – Preciso urgentemente enviar minhas coisas ainda hoje – murmurei usando um muito feminino desodorante em minhas axilas, derrubando um pequeno pacote ao chão – Merda!... mas.... que diabos é isso! – esbravejei, sentindo minha respiração falhar quando lia a embalagem “ Levonorgestrel” , fazendo com o sangue esquentasse em minhas veias – BELLA! – gritei, saindo do banheiro com a caixa em mão, pronto para enfrentá-la, escutando seu grito de retorno quase que imediatamente – EDWARD! – quase trombando nossos corpos em meio ao quarto.

- QUE PORRA É ESSA ISABELLA? – gritei jogando a caixa em sua direção, deixando-a de olhos arregalados e assustados, que foram substituídos por furiosos em questão de segundos.

- Você quer saber por que eu tomei a pílula do dia seguinte? – rosnou em toda sua glória furiosa – POR CAUSA DESSA MERDA CULLEN! – gritou de volta, jogando um jornal em minha direção, caindo aberto em meus pés.

“ INVESTIGADOR ENCONTRADO MORTO”

- Foda-se!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CNY - Capítulo 046/02


 Capítulo 046/02 – ENTREGA DE AMOR.

Isabella– POV

Minhas mãos tremiam. Minhas respirações profundas tentavam acalmar o disparar em meu peito.

“Isabella Deus me ajude! Saia de minha vida novamente e eu tiro nossa filha de você!”

As palavras de Edward ecoavam em minha mente, trazendo consigo uma nova onda de náuseas e de nervosismo. A ameaça contundente em sua voz ainda ladeando em minha memória, fazendo com que sentimentos mistos; como indignidade, repulsa, raiva e tristeza me deixassem apavorada e temerosa.  Eu não podia acreditar em suas palavras.

- Deus!... – gemi, deixando a taça de vinho cair de minhas mãos, enquanto meus braços circulavam meu corpo, na tentativa frustrante de controlar os soluços em meu peito – Maggie....

- Shhh.... shhh... Bella baby... estou aqui... estou aqui.. – era a voz suave de Edward em meu pescoço, enquanto amparava meu corpo que ia de encontro ao chão, pegando-me de surpresa.

- Edward.. não.. por favor ..não..  Maggie é tudo que tenho – implorei entre soluços em seu peito.

- Eu sei meu amor... eu sinto muito por ter dito aquilo – murmurou segurando meu rosto em suas mãos – eu nunca iria fazer isso Bella. ... mas ela também é minha vida agora, como você sempre foi. Eu não vou ficar longe de vocês ... nunca mais... não me peça isso – avisou, enxugando as grossas lagrimas   que escorriam por meu rosto –  eu quero minha família.
- São tantas coisas que nos separam... – tentei argumentar, sendo silenciada por seus dedos em meus lábios.

- Não! – rosnou, os olhos em chamas – nada mais vai nos separar. Acabaram-se as mentiras, as manipulações, os obstáculos...tudo. Isabella! Olhe para mim! – ordenou quando meus olhos saíram de sua face - Serei maldito se novamente deixarei que algo nos distancie. Você é minha! 

- Você sabe que não é simples assim... eu.. – gaguejei, tentando encontrar as palavras certas diante de seu semblante frustrado, raivoso.

- Maldição Bella!  Não fique criando obstáculos, quando já temos tantos – explodiu, inflamando minha raiva.

- Criando Obstáculos? – zombei – Como pode me acusar disso, quando você é o maior deles? Você... você é o próprio obstáculo em pessoa. Isso– gesticulei, apontando entre nós dois – nunca deu certo. Nós sabíamos desde o inicio que nunca daria.

 –Maldição! Eu tenho vontade de estrangular você, maldita teimosa - esbravejou- pressionando as mãos fortemente ao redor do meu pescoço, com uma suave e excitante pressão, fazendo com que eu arregalasse os olhos de medo e desejo - Coloque isso em sua cabeça de uma vez por todas! Para tudo que nos aguarda existe uma solução, menos para o que existe entre nós. Eu te amo Swan, desde o bendito dia que tropeçou em mim em Harvard. Desde aquele dia, você e sua maldita boca esperta me conquistaram. Talvez eu nunca tenha dito isso á você, mas você me pertence desde o momento que me enfrentou; desde que me olhou e realmente me enxergou como  ninguém antes.

- Você é o diabo – gemi, quando me contorceu em seu colo, espalhando meu corpo acima do seu.

- Eu sou o diabo baby – confirmou, lambendo minhas lágrimas - E você vendeu sua alma para mim no momento em que me amou. E não tente mentir... não tente me enganar e se enganar.. Você me ama! – declarava movendo meu corpo contra o seu, fazendo com que sentisse em meu núcleo toda sua excitação – Nós vamos descobrir tudo. Nós dois juntos vamos vencer... Mas juntos baby... sempre juntos... você não tem outra opção a não aceitar seu destino.. eu sou seu destino – afirmou com arrogância, encarando-me com seus penetrantes olhos verdes – Nós pertencemos um ao o  outro e nada vai mudar isso – concluiu, beijando meu pescoço. Suas mãos fortes correndo por meu corpo.

- O processo.... Edward.. eu.... – argumentei perdida em seus beijos.

- Esquece isso... não confie em tudo que lê.. você me conhece como ninguém – sussurrava entre os beijos em minha pele – diz que me ama – pediu, abrindo os botões de minha blusa, expondo meus seios protegidos pela lingerie – Eu preciso de você... faz tanto tempo...  Bella..

- Edward... por favor – gemi, rebolando em seu colo. Perdida nos sentimentos. Mente e corpo em duelo. Razão e Desejo em conflito.

- O que foi meu amor? Me diz o que deseja e será seu! Eu te darei o mundo, só preciso ouvir que me ama... – pediu novamente, expondo meu seio e tomando-o em sua boca faminta – Responda-me porra! – rosnou sugando o mamilo com força, fazendo-me gemer alto.

Eu sabia que amava Edward. Mas o medo me impedia de confessar, encarando seus olhos. Por tanto tempo eu havia vivido na mentira, acreditando que ele não se importava e jamais havia me amado, que o temor impedia de confessar minha verdade.

A verdade que eu escondia de mim mesma por mais de três anos e que agora ele me pedia para verbalizar em alto e bom som.

Confessar que ainda amava Edward, representava muito mais do que assentir o sentimento. Era declarar que meu coração era e sempre havia sido seu. Era confessar minhas mentiras, meus medos, creditar nele meus anseios e principalmente abdicar de minhas verdades. Porque amar Edward e assumir esse amor, era declarar uma guerra comigo mesma. Eu sabia que no momento que confessasse a impressão, haveria o dia em que eu teria que escolher entre tudo aquilo que eu havia batalhado para ser profissionalmente, contra aquilo que eu jurei destruir.  Chegaria o dia em que essa batalha eminente entre meu coração e a razão teria que acontecer. E eu tinha apenas duas opções. Negar meu amor e viver tranquila com minha consciência ou aceitá-lo e viver na contramão de minhas escolhas.

Eu não sabia o que fazer.

Mas ao olhar na face do homem em minha frente. Ao encontrar ali nos olhos verdes o vislumbre do garotinho assustado que por tantas vezes no passado havia me agraciado com sua presença, eu sabia que não poderia mais me acovardar. Eu sabia, enquanto encarava os olhos aflitos e temerosos tão parecidos com de nossa filha que eu não podia mais me enganar sobre os sentimentos que eu enxergava ali.   

Amor. Saudades. Arrependimento.

Edward me amava. Assim como eu o amava.

- Eu te amo – confessei, tomando seu rosto em minhas mãos – Eu sempre te amei – confirmei buscando seus olhos.

- Bella... – gemeu, tomando minha boca em um beijo apaixonado – Eu te amo tanto... juntos baby... juntos para sempre – prometia entre os beijos.

- Juntos – confirmei, buscando seu corpo. Rasgando sua camisa em desespero pelo seu toque, por seu calor, fazendo com quem um rosnado de desejo retumbasse de seu peito.

Três anos de saudades. Três anos de desejo reprimido.

- Preciso de você... preciso do seu corpo baby – gemeu, deitando-me no tapete, rasgando minha roupa no processo, como eu havia feito com a sua – Tão molhada.... tão molhada... Bella.... – gemia desconexo ao retirar minha calça e lingerie juntos – Minha... tão minha... – repetia, beijando todo meu corpo, sugando e mordendo minha pele.

- Edward por favor – implorei, querendo sentir seu corpo junto ao meu.

- Isso vai ser rápido baby... eu... Deus Bella... não consigo nem pensar porra!... Seu cheiro está me enlouquecendo – rosnou, arrancando o restante de sua roupa – vem aqui baby – pediu, puxando- me de pé contra seu corpo, inclinando-me contra o sofá –  Eu não vou aguentar muito tempo... tanto tempo... tanta saudade... Bella..eu...

- Edward... só me ame – implorei, empinando minha bunda em sua direção – Ohh....  – gemi enquanto me penetrava lentamente.

- Foda-se...  Bella... nunca mais .... nunca mais longe de mim... – gemia alto, movimentando seu corpo ao meu -  Tão minha.... meu amor...  

- Nunca mais... Edward... nunca mais....  – prometi, me entregando ao prazer, sem pensar nas consequências de minhas ações.

Não queria pensar nas escolhas que teria que fazer pela frente. Não queria pensar nas situações dolorosas que me haviam feito chegar até aqui. Eu não podia pela primeira vez em minha vida, deixar que a razão assumisse minhas atitudes, se bem que acreditava que meu discernimento do que era certo e errado não funcionavam quando se tratava de Edward. Eu somente esperava que o amo que queimava em meu peito, fazendo com meu coração palpita-se de forma dolorosa fosse forte o suficiente para sobreviver ás batalhas que já se mostravam..

A descoberta da verdade. As mentiras de Jenks. Alice. O processo. E tantas outras  tempestades que relampejavam no horizonte.

Mas, apesar das agruras eminentes, no fundo de minha alma, uma voz me pedia para acreditar. Porque todas ás vezes em que escutava o som rouco de sua voz confessando que me amava e da paixão que sentia enquanto ele tocava meu corpo de forma quase animal,  eu sabia, pela primeira vez em muito tempo que nosso amor poderia se tornar invencível.

Eu não era mais a Bella boba e imatura que os inimigos haviam conhecido. Eu era a Isabella que Edward um dia havia chamado e declarado como “digna de uma Cullen”, que poderia ser muito mais.

E hoje eu queria mais. Eu queria tudo.

Quem quiser crescer se abra. É preciso Coragem para ser Feliz.”